O Benfica manteve ontem o percurso 100% vitorioso na I Liga portuguesa de futebol e consolidou a liderança da prova, ao impor-se por 3-1 na receção ao Boavista, em jogo da sexta jornada.
O ‘bis’ de Darwin Núñez, aos 14 e 61 minutos, que permitiu ao uruguaio aumentar para quatro o número de golos marcados no campeonato, e o remate certeiro do alemão Weigl, aos 34, asseguraram o êxito dos ‘encarnados’, de pouco valendo o tento do brasileiro Gustavo Sauer para os visitantes, aos 32.
O Benfica, que conquistou o sexto triunfo seguido na I Liga, cimentou a liderança da competição, com 18 pontos, mais quatro do que os rivais FC Porto e Sporting, campeão em título, enquanto o Boavista, sem vencer há três rondas, totaliza oito pontos.
As equipas
Jorge Jesus mudou três peças em relação ao onze que empatou em Kiev, na semana passada, na visita ao Dínamo em jogo a contar para a primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.
Em relação ao último encontro, saíram Morato, Gilberto e Everton para as entradas de Lucas Veríssimo, Diogo Gonçalves e Darwin.
Os encarnados alinharam de início com Vlachodimos na baliza, Veríssimo, Otamendi e Vertonghen na defesa, Diogo Gonçalves, Weigl, João Mário e Grimaldo no miolo e Rafa, Yaremchuk e Darwin na frente de ataque.
Do lado do Boavista, João Pedro Sousa colocou no onze Bracali, Malheiro, Porozo, Abascal e Hamache; Seba Pérez, Makouta e Sauer; Gorré, Musa e Nathan.
O jogo
A primeira parte do encontro no Estádio da Luz ficou marcada pelo domínio da equipa da casa. Os encarnados apontaram dois golos nos primeiros 45 minutos, primeiro por Darwin Nunez (14 minutos) e depois por Julian Weigl (34 minutos). Já o Boavista fez um golaço por Gustavo Sauer aos 32 minutos.
O Benfica fez quatro remates à baliza axadrezada no primeiro tento, sendo que dois deles resultaram em golo, enquanto o Boavista fez também três remates, mas acertou apenas um. Com 72% de posse de bola, os encarnados estiveram por cima do jogo, frente a 28% de posse de bola dos axadrezados, que mostraram dificuldades em chegar ao último terço do campo adversário em ataque apoiado e continuado.
Na segunda parte, o Benfica fez uma entrada mais adormecida e permitiu ao Boavista chegar mais à baliza de Vlachodimos. Independentemente do maior fulgor axadrezado, os encarnados continuavam a dominar a partida.
Depois de várias boas tentativas do Boavista, o golo de Darwin aos 61 minutos aumentou a vantagem dos encarnados e tirou alguma pressão aos homens de Jorge Jesus.
Foi uma vitória justa do Benfica, que foi superior ao adversário na grande maioria do jogo. A equipa de Jorge Jesus continua na liderança isolada do campeonato com o melhor ataque da prova com 16 golos e também com a melhor defesa com apenas três tentos sofridos.
Além disso, o Benfica soma ainda seis vitórias nas primeiras seis jornadas do campeonato, algo que não se via no clube da Luz desde a longínqua época de 1982/1983.
O momento
O ponto alto do jogo aconteceu no momento do terceiro golo do Benfica, que fixou o resultado e consagrou a 11ª vitória do Benfica nos últimos 12 jogos na prova.
O melhor
A grande figura do encontro foi Darwin Nuñez. O uruguaio bisou na partida e foi determinante na vitória da equipa de Jorge Jesus. Este foi o segundo bis consecutivo de Darwin no campeonato e permitiu ao jogador igualar Navarro no topo da lista de melhores marcadores da I Liga.
O pior
Num encontro sem vilões é difícil apontar um elemento que tenha estado realmente mal em jogo. Assim sendo, o voto de pior em campo vai para Kenji Gorré, que fez os primeiros 45 minutos de jogo sem grande destaque. Acabou por ser substituído ao intervalo por Ntep, que rapidamente se mostrou mais determinante que o antecessor.
As reações
Jorge Jesus: "Somos uma equipa que em qualquer momento faz golo"
João Pedro Sousa: "Tentámos ser corajosos e ambiciosos e isso falhou"
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