Amido Baldé começou o seu percurso no Marítimo no verão de 2016. Mas foi quando descobriu que padecia de tromboembolia pulmonar. Rumou ao Tondela por empréstimo e revelou que os Madeirenses não lhe pagam há 10 meses e só sobrevive graças à ajuda do Sindicato de Jogadores.

"Muitas vezes ligo ao Briguel [diretor desportivo do Marítimo] a dizer que me marcaram um exame e peço para ele falar com o presidente porque custa 100, 200 ou 500 euros. Ele disse sempre que ia falar, mas nada. Não me pagam há 10 meses", revelou o jogador em declarações ao jornal Record.

"É como se estivesse morto para o Marítimo. Para eles, o Amido acabou. Foi aí que me virei para o Sindicato porque tenho família. Tenho contrato e não posso trabalhar por causa disso. Só eles me ouvem e ajudam com dinheiro para pagar os exames. Agradeço do fundo do meu coração, porque sem o Sindicato não sei o que faria", acrescentou. O Sindiacato já ajudou o jogador com 4300 euros e ofereceu um cabaz de natal ao jogador guineense.

O jogador confessou ainda que o melhor que poderia receber no dia de natal era um telefonema de Rui Vitória, com o qual trabalhou em Guimarães em 2012/2013.

"É um treinador que me tratou como um filho. Estou a passar por uma situação difícil, mas acredito que vai passar. Gostava muito de receber um telefonema dele, ouvir o carinho e os incentivos dele. Isso daria muita força e valia, mais do que dinheiro. Só um telefonema dele ia valer por tudo".