O treinador do Boavista, Miguel Leal, disse esta quinta-feira ser "a favor" do recurso ao vídeo-árbitro nos jogos da Liga NOS, mas mostrou-se reticente quanto à sua "operacionalização" em alguns estádios.
"Sou a favor em alguns casos, especialmente para se verificar se a bola entrou ou não entrou na baliza. Fora isso, é muito difícil operacionalizar e o que me preocupa mais é se os estádios portugueses estão preparados para isso. É a primeira pergunta que se tem de fazer, porque acho que alguns não estão", referiu.
O técnico falava na antevisão do jogo Boavista-Nacional, no próximo sábado, às 16 horas, para a 32.ª jornada.
O recurso ao vídeo-árbitro entrará em vigor na próxima época, revelou esta quinta-feira o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, após autorização do International Board (IFAB).
O responsável máximo do futebol português explicou que a época de 2017/18 estava destinada a ser de testes, uma vez que a aplicação do vídeo-árbitro seria definitiva em 2018/19, mas que o órgão que rege as leis da arbitragem pode, em função da capacidade de cada Federação, autorizar a utilização oficial.
Assim, o sistema de auxílio aos árbitros será "introduzido oficialmente em todos os jogos da Liga na época 2017/18", como indica a FPF, no sentido de "dar as melhores condições aos árbitros".
O técnico axadrezado explicitou que as suas dúvidas sobre a o recurso a esse meio tecnológico se prendem com o posicionamento das câmaras de filmar nesses campos, que não identificou.
"Vai ser um problema logo no início do campeonato, mas, de um modo geral, sou a favor [do vídeo-árbitro]", afirmou ainda, antevendo também "momentos em que isso vai contribuir para que haja ainda mais discussão", concluindo que é melhor esperar para "ver o que vai dar".
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