O advogado de Jorge Jesus, Luís Miguel Henrique, considerou hoje que a ação do Benfica contra o treinador do Sporting não passa de diversão e 'fait-divers' para desviar as atenções de outras questões, nomeadamente as prendas aos árbitros.

“Os argumentos do Benfica são questões menores e não fazem sentido, pelo que vamos aguardar pela fundamentação da ação, que tem de ser muito mais do que veio a público. A argumentação é tão frágil, que não passa de diversão para animar a malta e criar 'fait-divers' para desviar as atenções de outras questões, nomeadamente as prendas aos árbitros”, disse Luís Miguel Henrique à agência Lusa.

De resto, o advogado de Jorge Jesus revelou ter conhecimento da ação em causa apenas através da imprensa e ironizou que, se calhar, “mais vale passar pela sede da Cofina” – a notícia foi avançada pela revista Sábado, que pertence àquele grupo de comunicação social – para a receber “do que pelo Tribunal do Barreiro”, onde aquela foi interposta.

Luís Miguel Henrique considerou que o 'timing' escolhido para o Benfica para avançar com a ação “não é inocente” e que se trata de uma “tentativa de influenciar e desestabilizar o treinador do Sporting, numa altura em que se aproxima o dérbi para o campeonato”.

“Estamos absolutamente tranquilos e na devida altura apresentaremos a nossa defesa. A nossa equipa de advogados irá preparar a defesa, na certeza de que a razão moral e legal nos assiste”, disse Luís Miguel Henrique, revelando que Jorge Jesus “está tranquilo e a desenvolver o seu trabalho”.

O advogado do treinador ‘leonino’ não acredita nos fundamentos que sustentam a ação do Benfica trazidos a público pela revista Sábado e entende que a mesma “terá de ser mais objetiva, sob pena de o clube ser acusado de litigância de má-fé”.

Aliás, revelou já saber que esta ação iria avançar na próxima semana e que o Benfica “decidiu antecipá-la por razões de estratégia de comunicação”, estando a “esconder o jogo, ao libertar apenas aquilo que lhe interessava”.

A Sábado revelou hoje que o Benfica exige 14 milhões de euros na ação que interpôs contra Jorge Jesus no Tribunal do Barreiro, cujos fundamentos, de acordo com a revista, decorrem dos contactos mantidos pelo seu ex-treinador com um funcionário do Sporting ainda durante a vigência do anterior contrato e pela apropriação de 'software' confidencial do clube da Luz.