«O Sporting precisa, neste momento, de uma união real. Não é uma união aparente ou um falso consenso. Precisa de um consenso muito real, porque senão não consegue chegar a bom porto. É preciso um consenso de boa fé e real, para que haja uma união sólida e não uma união aparente», disse.
Denunciando que o Sporting caiu numa «política de divisão», Abrantes Mendes advogou que é preciso romper com a gestão da equipa liderada pelo demissionário José Eduardo Bettencourt, que «levou à situação em que o clube se encontra».
Por isso, o candidato à presidência do Sporting no ato eleitoral que reconduziu Soares Franco em 2006 salientou que «é preciso ar fresco, uma nova alma, nova gente, mas toda imbuída do mesmo espírito».
No entanto, Abrantes Mendes, que hoje tomou posse como elemento da Comissão Instaladora do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), não expressou ainda a intenção de avançar com uma candidatura às eleições dos órgãos sociais do Sporting, a 26 de Março.
«Fica a interrogação como está a situação financeira e se em função da mesma é possível ou não avançar», declarou, reiterando que não apoia Rogério Alves, sem enunciar as razões.
Abrantes Mendes, que ressalvou a necessidade da principal equipa de futebol do Sporting ter «um investimento de qualidade», disse que está «à espera de alguém que apareça nesta purga eleitoral» com «um projecto» para que haja «uma ideia de um futuro possível» e voltou a afirmar a necessidade de «um consenso que pressupõe uma ruptura».
O juiz-desembargador referiu-se ainda à importância de «ouvir o BES e o BCP» no processo de selecção de candidato a suceder a José Eduardo Bettencourt, mas, apesar de reconhecer que as entidades bancárias «são credoras do Sporting», considerou que não se pode «fazer depender uma candidatura».
Sem pretender alongar-se muito, Miguel Galvão Teles, que foi. Esta quinta-feira empossado presidente da Comissão Instaladora do TAD, também abordou a situação do Sporting.
Confessando-se «angustiado» com os episódios recentes, o antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting observou que «tem de haver uma solução», que, notou, não passa por ele.
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