O treinador do Cardiff, Neil Warnock, disse hoje que chegou a pensar demitir-se após o desaparecimento do futebolista argentino Emiliano Sala, quando sobrevoava o Canal da Mancha, impulsionado pelo que denominou de semana traumatizante.
“Pensamos 24 horas por dia se vale a pena continuar ou não. Eu estou no futebol há 40 anos e tem sido a semana mais difícil da minha carreira. Tem sido uma semana traumática e ainda é. É difícil lidar com esta situação”, referiu Neil Warnock.
Emiliano Sala, de 28 anos, transferiu-se dos franceses do Nantes para o Cardiff, por cerca de 17,3 milhões de euros, mas o avião em que o argentino seguia desapareceu na noite de 21 de janeiro sobre o Canal da Mancha e não chegou ao destino.
"Provavelmente, o seu desaparecimento afetou-me mais do que a qualquer outra pessoa, porque conheci-o e conversei com ele nas últimas seis a oito semanas", disse o técnico inglês, que se deslocou a França para convencer o atacante argentino a juntar-se ao Cardiff.
Neil Warnock, de 70 anos, que falava durante a primeira conferência de imprensa após o incidente, disse ainda que ele e vários jogadores de Cardiff falaram com psicólogos após o desaparecimento de Emiliano Sala.
As operações de busca por Sala, interrompidas pelas autoridades britânicas na quinta-feira, foram retomadas no sábado, com base numa iniciativa privada, proporcionada por um fundo financeiro criado para o efeito, com o apoio de vários jogadores.
Os membros do clube vão ostentar um narciso amarelo, um símbolo galês, em homenagem a Sala durante o jogo da Premier League com o Arsenal, na noite de terça-feira. Um minuto de silêncio também será respeitado durante os jogos de terça e quarta-feira.
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