Wayne Rooney, antigo internacional inglês e antigo jogador do Manchester United, recordou este domingo, na sua crónica semana no jornal britânico 'Sunday Times', as finais da Liga dos Campeões perdidas enquanto jogador dos 'Red Devils' para o Barcelona em 2008 e 2011 como forma de analisar o confronto entre Real Madrid e Manchester City para a segunda mão dos 'oitavos' da prova milionária, na próxima semana.

"É sempre difícil para um clube como o Real Madrid ir para um jogo a pensar 'vamos deixá-los com a bola'. Era o mesmo com o United.  Mas perdemos duas finais da Liga dos Campeões a jogar olhos nos olhos com o Barcelona de Guardiola, a tentar pressionar alto, o que foi um suicídio", afirmou.

O avançado recorda a incerteza que sentiu em relação à tatica para as duas finais, algo que, afirma, era partilhado por todo o balneário.

"Lembro-me de Alex Ferguson dizer 'somos o Manchester United e vamos atacar, está na cultura deste clube' e eu pensar 'não tenho muita confiança nisso'. Penso que todos os jogadores sabiam, lá no fundo, que era a abordagem errada, que estávamos a abandonar a forma que nos trouxe sucesso na meia-final de 2008 e a verdade é que fomos ultrapassados nas duas vezes", disse.

Rooney considera que existem alturas em que o importante é vencer, mesmo que isso signifique colocar a cultura do clube de lado.

"Existe ser leal à cultura do clube, mas depois há estar sentado no final do jogo a pensar 'perdemos'. Para mim, não interessa como jogas nestes grandes jogos da Liga dos Campeões, desde que ganhes - olhem para a forma como o Liverpool o fez na final do ano passado - e penso que o Zidane tem a mesmo forma de pensar", concluiu.