Álvaro Morata passou por dificuldades na última temporada ao serviço do Chelsea devido uma lesão lhe roubou parte da época e que lhe custou a presença no Mundial da Rússia. Em entrevista ao jornal 'Daily Mail' o avançado espanhol revela que a vida de um jogador de futebol nem sempre é fácil.
"Às vezes o Instagram é uma falsa felicidade. Há dias em que estás triste e pões uma imagem de felicidade que não reflete como te sentes nesse dia. No fim de contas é uma coisa que nos faz ganhar dinheiro, valoriza-nos nos contratos publicitários. E há outra coisa, se fores beber uma cerveja na tua folga, em que não há problema nenhum porque somos jovens e um dia não faz diferença, há logo 300 telemóveis à tua volta a tirarem fotos", começou por dizer.
"Há muita gente que pensa que temos uma vida invejável ou que temos mais privilégios do que outras pessoas. Mas às vezes o dinheiro pode trazer-te problemas com amigos, como os que eu já tive. Até com a tua própria família, e as pessoas não se apercebem disso. É difícil, com a idade que temos, que venha um amigo que está a passar mal por decisões que tomou na vida e que tenhas de ser tu a salvá-lo - é difícil dizer que não", acrescentou.
"O dinheiro ajuda, claro, mas também pode tirar muitas coisas. Nós jogadores muitas vezes não temos experiência em termos financeiros. Já nem falo em investir em negócios. Mas é difícil, com a idade que temos, que apareça um amigo com dificuldades por causa das decisões que tomou e tens que ser tu a salvá-lo. Dizer que não é difícil, mas se o fizer uma vez, tens de o fazer uma, duas, três… enquanto tenhas dinheiro. São situações muito complicadas", contou o jogador.
Morata revelou ainda que se considera "uma pessoa muito feliz, sobretudo fora do campo, fora do futebol" "Dentro do futebol gostaria de ser mais feliz e para isso tenho que marcar mais golos, fazer o que me faz feliz. Mas estou seguro de que pouco a pouco a bola vai entrar porque estou a conseguir criar ocasiões de golo", disse o jogador antes de criticar alguns programas televisivos espanhóis que, no seu entender, nada acrescentam além de usarem o nome dos jogadores.
"Em Espanha há programas como o 'Big Brother', que toda a gente critica, mas é o programa mais visto. Ou o 'Mujeres y Hombres', que muitas vezes unem os futebolistas com os protagonistas desses programas e nós nem sabemos quem são... São programas que não acrescentam nada, mas as pessoas vêem-nos", atirou.
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