O Fulham recebe o Manchester United no Craven Cottage no próximo sábado, pelas 16h30, e Marco Silva falou sobre os jogadores portugueses que atual nos red devils.
“É um orgulho enorme ver o nível a que estão a jogar, num role tão grande e de grandes individualidades. É difícil realçar um, dois ou três, porque são realmente muitos e de grandíssima qualidade. Os jogadores portugueses têm de facto um impacto tão grande numa equipa daquele nível é um orgulho para todos nós e, naturalmente, para mim também porque gosto bastante deles. Espero que não tenham o melhor dos jogos no sábado, seria muito bom sinal para nós. Mas, o orgulho é tremendo quando nós vemos os nossos atletas e treinadores na melhor liga do mundo e na mais difícil e competitiva também”, disse o treinador português em entrevista à Eleven Portugal.
Marco Silva referiu ainda que acompanha os jogos das equipas portuguesas sempre que tem possibilidade e que é de louvar o facto de duas delas terem passado aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
“Infelizmente não posso acompanhar as equipas portuguesas como normalmente faço, se não estiver num país diferente. Estando aqui não posso seguir da mesma forma, não tenho tempo. Em relação às competições europeias foi uma pena o Sporting não ter conseguido, porque seguir com três equipas seria muito bom, que estavam num grupo também difícil. Tive oportunidade de ver ao vivo o jogo deles com o Tottenham, que acabou por conseguir um bom resultado e, infelizmente, no último jogo não conseguiu com o Eintracht Frankfurt passar, teria sido um grande feito para o futebol português. Mas acredito que as duas equipas a passar no primeiro lugar em grupos difíceis é um enorme feito para o nosso futebol, mostra a qualidade com que se trabalha em Portugal e a qualidade dos clubes em questão. Em relação ao campeonato, não vou dizer que está no começo, porque já vai em algumas jornadas. Mas, um começo forte do Benfica e os outros clubes, naturalmente, vão querer recuperar os pontos em atraso. Nós sabemos que está tudo muito no começo ainda e que muita coisa pode mudar, mas sim, um começo muito forte no Benfica. O Porto muito forte na Champions, em alguns momentos não tão forte. E, o Sporting a tentar recuperar o que foi perdendo em termos de pontos.”
Além disso, o treinador português salientou a necessidade de uma boa preparação dos jogadores para a altura do Boxing Day e do Mundial, onde normalmente o cansaço é acumulado.
“É um dia fantástico, estou a referir-me ao 26 (Dezembro), que é o Boxing Day. É um momento difícil para os clubes, para os jogadores mas, mais para os jogadores sinceramente. Em muitos momentos temos de ser realistas, será diferente porque será o primeiro jogo pós-mundial. Este ano é um pouco diferente, até por isso, pois normalmente nós vínhamos com uma carga muito grande de jogos já antes do Boxing Day. Jogar a 26 ou a 27, a 31, jogar a 2 ou a 3 é uma carga enorme com um jogo a menos, porque em alguns momentos tínhamos a 26, 28, 1 e a 3. Quanto ao Mundial, será diferente para todos. Acredito que em relação ao próprio mundial e à competição em si, tirando o facto de ser num país diferente, vamos ver até que ponto as questões climatéricas terão ou não uma grande influência durante os jogos. Em relação a ser no meio da época, existem alguns pontos que poderão ser benéficos para as seleções, porque quando é no final da época há muito mais cansaço acumulado, o que tem muito impacto nos jogadores. Neste momento, nem sequer no meio da temporada estão e nesse aspeto poderá não haver um cansaço tão acumulado. Para os clubes é completamente diferente, para nós treinadores é completamente diferente. Será a primeira vez em que teremos uma pausa tão grande a meio da temporada, vamos perder jogadores importantes numa altura de Mundial e perceber depois como é que eles voltam aos clubes vai ser muito interessante".
Por fim, Marco Silva afirma que está muito contente com a adaptação e com o impacto que João Palhinha tem tido na sua equipa.
“Em relação ao João, estou muito satisfeito com a adaptação que tem tido. Não vou dizer que tem sido mais rápida do que esperava, porque o João tem caraterísticas que se encaixam muito bem neste campeonato. Mas o impacto que teve na nossa equipa foi muito rápido, com um meio campo e uma forma de jogar diferente. O João nos últimos três ou quatro anos jogava sempre com uma linha de três atrás, muitas vezes esteve não só ele sozinho, mas com dois médios sempre muito lado a lado também. Estamos a exigir coisas completamente diferentes ao João, estamos a pedir que jogue com uma linha de quatro atrás e muitas vezes constrói ele só como um único seis na nossa forma de jogar. São muitas coisas diferentes e em poucos meses, esta é que é a verdade. É um campeonato diferente, em que ele tem de pensar e executar muito mais rápido. Mas, a adaptação dele tem sido muito boa, está sempre pronto a aprender. Em termos de capacidade de trabalho e aplicação, todos nós conhecemos o João, não é preciso estar a dizer. Se é algo que ele faz todos os dias e a toda a hora, é dar tudo, nunca vai para casa sem dar no mínimo 100%. Tudo o que podemos fazer é dar-lhe ferramentas e estamos a fazê-lo para que ele possa ser melhor jogador a cada dia que passa. E eu tenho a certeza que ele está a ser e que no futuro ainda vai ser melhor. ”
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