O Manchester United anunciou esta quarta-feira um prejuízo de 133,78 milhões de euros em 2023/24 pelo quinto ano consecutivo, isto apesar de ter registado um nível de receitas recorde. Até 30 de junho de 2024, os 'red devils' registaram receitas recorde de 860 milhões de euros - um aumento de 2,1 por cento - valor impulsionado por receitas comerciais e bilheteira em dias de jogo.

O clube inglês incorreu em custos de 56,5 milhões de euros relacionados com "itens excecionais", principalmente relacionados com a compra de uma participação minoritária do clube por Jim Ratcliffe, concluída em fevereiro.

O Manchester United terminou em oitavo lugar na Premier League na temporada 2023/24 - a sua pior classificação desde 1990 - e foi eliminado na fase de grupos da Liga dos Campeões. A equipa de Erik Ten Hag acabou por vencer a Taça de Inglaterra - derrotando o Manchester City na final em Wembley, conquistando o segundo troféu em dois anos.

Os 'red devils' iniciaram uma grande reestruturação nos bastidores nos últimos meses, incluindo a contratação de um novo diretor executivo, Omar Berrada, recrutado dos campeões da Premier League, Manchester City.

"Assumi o meu novo papel como diretor executivo deste clube histórico, e estamos todos extremamente focados em trabalhar coletivamente para criar um futuro brilhante. Estamos a trabalhar para uma maior sustentabilidade financeira e a fazer mudanças nas nossas operações para torná-las mais eficientes, garantindo que estamos a direcionar os nossos recursos para melhorar o desempenho em campo", disse Berrada.

As regras de rentabilidade e sustentabilidade da Premier League permitem uma perda máxima de 124 milhões de euros num período de três temporadas, mas dentro desse valor, certas perdas são consideradas "permitidas", como gastos em infraestruturas, escalões de formação e equipa feminina.

O Everton e o Nottingham Forest sofreram deduções de pontos na última temporada após terem violado estas mesmas regras.