A Premier League foi dos poucos campeonatos a não adotar a regra das cinco substituições, instituída pela FIFA para ajudar os clubes em tempo de pandemia. Uma decisão que tem merecido inúmeras críticas por parte dos técnicos da Liga Inglesa, principalmente aqueles que estão também a disputar as provas da UEFA. Os clubes sentem-se discriminados e dizem que não estão em pé de igualdade com outros na Europa.

Depois do clássico entre Liverpool e Manchester City, Klopp, treinador dos 'reds', deixou fortes críticas à direção da Liga Inglesa.

"Para mim, é falta de liderança [de Richard Masters, diretor executivo da Premier League], começou por dizer Klopp, explicando depois que a Liga Inglesa vendeu "de forma completamente errada" a ideia de que cinco substituições favorecem os clubes maiores.

"[Aplicar a regra das cinco substituições] é uma necessidade, acontece em todos os outros países", acrescentou. Uma crítica que já tinha sido feita por Solskjaer, treinador do Manchester United.

O assunto mereceu também o comentário de Pep Guardiola.

"Aqui pensamos que somos especiais, não protegemos os nossos jogadores e por isso é um desastre", começou por dizer Guardiola, antes de ser questionado sobre a conversa com Klopp, no final do City-Liverpool.

"Falamos das cinco substituições. Agora foi um internacional inglês, um lateral direito, que se lesionou, amanhã será outro jogador. Há muitos casos. Nas outras ligas as cinco substituições são peça-chave, por aqui entendemos o contrário", atirou.

Para o treinador do Manchester City, a culpa é das operadoras.

"[Os jogadores tiveram ] oito dias de férias por causa da BT e da Sky. Eles [operadores] não podem chegar a um acordo porque cada um olha pelos seus interesses. O meu é cuidar dos meus jogadores. O LeBron James ganhou a NBA e agora vai ter dois ou três meses de férias", criticou o espanhol.