Jurgen Klopp já anunciou que vai sair do Liverpool no final da temporada e, em entrevista à Sky Sports, explicou o que o motivou a tomar a decisão. O muito desgaste causado pela profissão esteve na base desta dura escolha feita pelo alemão.
"Tenho a certeza de que, se não tomasse esta decisão agora, o próximo ano poderia ser complicado. A ideia de se preparar outra pré-época, tomar grandes decisões… Para isso, é preciso estar cheio de energia. 80 por cento não é suficiente. Essa é a verdade. É demasiado. É um trabalho que dura 24 horas por dia, 7 dias por semana. Sim, há coisas mais importantes na vida, mas se nos preocupamos mesmo com isso, então é 24 horas por dia, 7 dias por semana. Fi-lo durante muito tempo e sabia que não podia continuar a fazê-lo ao nível necessário para um clube como o Liverpool. O futebol [praticado pela equipa] não tem sido muito bom nas últimas semanas e, por isso, comecei a ouvir as pessoas dizerem que pareço muito cansado. Estou velho! Mas o meu objetivo é estar a 100 por cento até ao último dia. Foi sempre esse o plano", começou por dizer Klopp.
Relativamente a como esta pausa no futebol o afetará, Klopp, de 56 anos, acredita que há valores maiores que se impõem, admitindo porém que será sempre muito difícil. "Nunca vi isso como um adeus, pois não posso pensar todos os dias na minha própria situação. Esta semana tivemos um dia em que a nossa fundação esteve no campo de treinos e havia famílias e crianças, momentos de que sempre gostei. Vi um rapaz que conheci há cinco anos. Na altura, ele tinha cancro e, agora, está ali com a cabeça cheia de caracóis vermelhos. É maravilhoso ver isso. Esse foi um momento em que percebi que [partir] vai ser difícil", revelou.
O Liverpool ainda tem três jogos até ao fim da temporada e Klopp acredita que esta versão 2.0 da equipa começou consigo mas vai continuar em evolução no próximo ano. "No início da época, disse que este era o Liverpool 2.0. E o Liverpool 2.0 não para depois de eu sair. Será, apenas, o início de outro projeto, com um plantel muito bom", concluiu o alemão.
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