Ministério Público acusou seis pessoas de responsabilidade criminal na morte de 96 adeptos de futebol no estádio de Hillsborough, 28 anos após a tragédia, ocorrida em 1989, anunciaram hoje as autoridades judiciais britânicas, em comunicado.
Entre as seis pessoas que deverão ir a julgamento está o antigo chefe de polícia responsável pela operação de segurança, David Duckenfield, atualmente reformado, que enfrentará a acusação de “homicídio por negligência grave”.
No dia da tragédia, ocorrida a 15 de abril de 1989, Duckenfield ordenou a abertura das portas de acesso ao estádio do Sheffield Wednesday, precipitando a entrada abrupta de centenas de adeptos, que levou ao esmagamento de outros, já no interior do recinto.
Em janeiro deste ano, responsáveis pelas investigações tinham entregado à justiça britânica ficheiros sobre 15 pessoas que poderão estar diretamente relacionadas com as causas da tragédia e mais oito pessoas por alegado encobrimento de falhas policiais durante as operações de segurança e salvamento.
A polícia do condado de South Yorkshire, que um júri concluiu ter cometido erros que contribuíram para a morte de 96 adeptos do Liverpool, devido à sobrelotação do estádio do Sheffield Wednesday, já pediu, publicamente, “desculpas, sem reservas” às famílias das vítimas.
Os jurados consideraram que a polícia inglesa cometeu erros, tanto no planeamento da segurança da meia-final da Taça de Inglaterra entre o Liverpool e o Nottingham Forest, como no dia do jogo, que contribuíram para a maior tragédia em estádios britânicos.
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