A Federação inglesa de futebol (FA), a Premier League e outros órgãos reguladores lançaram um plano de ação conjunto para “compreender, promover e proteger a saúde cerebral dos jogadores” face aos riscos dos cabeceamentos, foi hoje anunciado.
A questão da demência no futebol profissional foi suscitada pela morte no ano passado do inglês Nobby Stiles, que, junto com muitos dos seus companheiros da seleção inglesa que venceu o Mundial de 1966, foi diagnosticado com a doença.
O governo britânico foi instado em julho a estabelecer um protocolo padrão mínimo para concussões no desporto, numa tentativa de reduzir o risco de lesões cerebrais entre os atletas.
O plano de ação conjunto concentra-se na “pesquisa, educação, consciencialização e apoio aos jogadores”.
“Compreender os fatores de risco de doenças neurodegenerativas no futebol é uma área incrivelmente complexa da ciência médica que requer a exploração de muitas linhas de pesquisa diferentes”, afirma o presidente-executivo da FA, Mark Bullingham.
O dirigente refere que “o futebol está a trabalhar em conjunto para tentar construir uma imagem mais completa, apoiando uma variedade de projetos”. “Até que tenhamos um maior nível de compreensão, também estamos a reduzir os fatores de risco potenciais”, acrescentou.
Em julho, a Premier League e outros órgãos reguladores anunciaram que o futebol inglês limitaria o número de cabeceamentos com força nos treinos a 10 por semana a partir da temporada de 2021-22, para proteger os jogadores, como parte das novas diretrizes.
"Este novo plano de ação conjunto ajudará ainda mais a construir o nosso entendimento no futebol inglês nesta área complexa”, acrescenta Mark Bullingham.
A Premier League introduziu, em fevereiro, em fase experimental, as substituições adicionais em caso de concussão.
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