David Beckham, considerado um dos melhores futebolistas ingleses de sempre, anunciou hoje a intenção de votar a favor da manutenção do Reino Unido na União Europeia, no referendo agendado para segunda-feira.
"Vivemos num mundo dinâmico, onde ligados somos fortes. Devemos lidar com os problemas do mundo em conjunto e não isoladamente", argumentou o ex-futebolista, de 41 anos, num comunicado divulgado pela campanha "Bretanha mais forte na Europa".
Beckham lembrou que teve “o privilégio de viver em Madrid, Milão e Paris”, juntamente com colegas “de toda a Europa e do mundo”, salientando toda a “hospitalidade” que mereceu em todas essas cidades.
"Por todos esses motivos, vou votar para ficar" na UE, conclui o ex-internacional inglês, numa altura em que as sondagens dão praticamente um ‘empate técnico’ entre o 'Sim' e o 'Não'.
Na segunda-feira, o presidente executivo da Liga inglesa de futebol, Richard Scudamore, alertou para os vários problemas provocados por uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia (UE), considerando-a adversa aos interesses da ‘Premier League’.
O ‘Brexit’, como é conhecida a campanha a favor do isolamento britânico face à UE, posicionamento que será submetido a referendo na quinta-feira, é desfavorável à “abertura e importância da liga inglesa” fora do Reino Unido, disse o dirigente.
“Ninguém tem mais ‘cicatrizes’ do que eu no que diz respeito às negociações com Bruxelas [sede da UE] para tentar organizar as coisas a favor dos nossos interesses face à máquina europeia”, começou por dizer Scudamore, que defende a permanência na esfera comunitária.
Para Scudamore, “em última instância, não se pode quebrar, não se pode saltar fora, tem que se estar dentro e negociar, tentar, organizar e influenciar”.
“A abertura e reconhecimento internacional da Premier League poderá tornar-se incongruente se nos posicionarmos contra”, referiu o dirigente inglês.
Segundo Scudamore, a saída do Reino Unido do seio dos 28 países da EU não permite “o controlo do próprio destino”, como defende a campanha ‘Brexit’.
“Isso não é absolutamente correto para quem viaja pelo mundo, como nós fazemos, onde encontramos abertura para fazer negócios, para debates e cooperação”, sublinhou, concluindo: “Acho que seremos, penso eu, menos respeitados por não querermos fazer parte de algo”.
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