Desde o fim de semana passado que longas filas de carros se vêm formando nos postos de combustíveis por todo o Reino Unido, devido à chamada "crise dos combustíveis" que se vai vivendo por aqueles lados, com o governo britânico a cogitar até a colocar membros do Exército no meio da cadeia de distribuição do combustível para evitar o agravamento do problema.

Um problema que começa a atingir também, já, os jogadores de futebol. E a mais recente 'vítima' é mesmo...Cristiano Ronaldo.

De acordo com o jornal 'The Sun', o astro português pediu a dois dos seus seguranças para irem abastecer o seu novo Bentley, carro que CR7 adquiriu recentemente. Estes terão, depois, esperado aproximadamente sete horas para echer o depósito do veículo, avaliado em 220 mil Libras (mais de 255 mil euros) num posto de combustível em Cheshire, na região de Manchester, onde aguardaram a chegada de um camião de abastecimento. Mas sem sucesso.

O Bentley Flying Spur de Ronaldo terá chegado à estação de serviço por volta das 14h20 de quarta-feira mas, ao fim de seis horas e quarenta minutos, os seguranças de Ronaldo concluíram que nenhum camião de abastecimento iria chegar nos próximos tempos àquele local e desistiram de esperar, regressando a casa por volta das 21h00 sem uma única gota de combustível.

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Ainda segundo o 'The Sun', Ronaldo terá igualmente pedido a um elemento da sua equipa de seguranças para lhe atestarem o Range Rover, algo que também não foi possível. E, mesmo que tivessem conseguido meter algum combustível, os seguranças de Ronaldo teriam de se ter ficado pelos 35 euros, limite imposto pelo governo britânico aos postos de combustível para evitar que a população gaste excessivamente as reservas.

Ronaldo, entretanto, estava em campo pelo Manchester United a fazer História na Liga dos Campeões, tornando-se no jogador com mais partidas disputadas na prova e assinando o golo decisivo da vitória dos 'Red Devils' sobre o Villarreal.

Outros futebolistas também afetados. Até já há quem peça boleia

Mas Cristiao Ronaldo não é o único futebolista a ter já sofrido as consequências da escassez de combustíveis no Reino Unido, que gerou grande procura nos últimos dias e enormes filas para reabastecer.

Matt Smith, por exemplo, avançado do Millwall, equipa do segundo escalão do futebol inglês, já chegou mesmo a recorrer às redes sociais, mais concretamente ao Twitter, para conseguir ultrapassar esta dificuldade e poder ir treinar. "Alguém na área de West London (Chelsea/Fulham) sabe onde conseguir combustível agora? Não consigo encontrar nenhum lugar. Se não, alguém me pode dar uma boleia para o treino amanhã de manhã?", escreveu o jogador, em jeito de brincadeira.

Esta crise dos combustíveis verifica-se devido a uma combinação de motivos, derivando, por um lado, da falta de motoristas para camiões pesados, da pandemia de COVID-19 e dos problemas burocráticos causados pelo Brexit.

Uma associação da indústria de transportes estima que faltem entre 90 a 100 mil motoristas de pesados no Reino Unido, muito por culpa da necessidade de comprovativos adicionais requeridos aos estrangeiros para poderem operar legalmente no território britânico. Antes do Brexit, muitos dos profissionais vinham de países vizinhos e podiam circular livremente entre as nações.

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