O guarda-redes internacional francês Hugo Lloris, do Tottenham, defende que a competição regresse sem adeptos, se isso “ajudar” a salvar o futebol, em plena crise financeira devido à pandemia da covid-19.
“Se tivermos que jogar à porta fechada por um longo período, de modo a salvarmos o futebol, então teremos que fazê-lo”, defendeu o jogador campeão mundial pela França e titular do Tottenham, de José Mourinho.
A Liga inglesa tem a expectativa de regressar, após a suspensão em março devido ao novo coronavírus, mas num cenário em que os estádios devem estar vazios, à semelhança do que acontece na Alemanha, que no sábado regressou.
Em entrevista ao jornal francês Nice-Matin, o guarda-redes, de 33 anos, considera importante um regresso e revelou que, no cenário atual, tem treinado em horários diferentes, num esquema para cada jogador.
“Às vezes, passamos uns pelos outros, mas à distância”, disse, acrescentando que estes novos tempos o fazem lembrar o início, em criança, quando os avós o deixavam já equipado à entrada do treino.
A Liga inglesa foi suspensa após a 29.ª jornada, quando o Liverpool liderava o campeonato, com mais 25 pontos do que o campeão Manchester City, enquanto o Tottenham, treinado por José Mourinho, que já esta época substituiu Maurício Pochettino, seguia em oitavo lugar.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.
Os campeonatos de futebol de França, dos Países Baixos e da Bélgica foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede na Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 04 de junho, enquanto a Alemanha regressou no sábado.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 309 mil mortos e infetou mais de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.
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