Marcos Alonso, defesa espanhol do Chelsea, diz que vai deixar de se ajoelhar antes do início dos jogos por considerar que esse gesto anti-facismo "está a perder um pouco de força"
Futebolistas da Premier League, equipas técnicas e árbitros têm vindo a ajoelhar-se antes do apito inicial pela igualdade racial desde o Verão de 2020.
Mais de um ano depois, o gesto continua a repetir-se em todos os jogos, mas Marcos Alonso avança que, em vez disso, vai agora passar a apontar para a insígnia que diz 'não ao racismo' da sua camisola.
"Sou completamente contra o racismo ou qualquer tipo de discriminação", disse recentemente. "Mas prefiro começar a apontar com o dedo para o símbolo onde diz não ao racismo na minha camisola, como fazem noutros desportos ou no futebol noutros países. Prefiro passar a fazer isso e, claro, afirmar claramente que sou contra o racismo e que respeito toda a gente", acrescentou.
Questionado sobre se essa sua decisão tinha, por detrás, alguma motivação política, respondeu: "Não sei, simplesmente prefiro assim. É a minha maneira de o fazer. Penso que é apenas outra forma. Talvez ache o gesto de nos ajoelharmos esteja a perder alguma força, por isso prefiro fazer assim e demonstrar, na mesma, que apoio a 100% a luta contra o racismo".
Reece James, Antonio Rudiger, N'Golo Kanté e Romelu Lukaku, colegas de Alonso no Chelsea, foram, todos eles, vítima de insultos racistas nos últimos anos, mas o internacional espanhol de 30 anos diz que não falou com eles sobre estas sua decisão.
"Não, não conversámos sobre isso. Partilhamos o balneário e somos como uma família. Tenho uma excelente relação com todos os meus colegas, adoro-os a todos e até agora esse assunto não foi tema de conversa. E não penso que precise de ser, ams se tiver de falar com alguém para explicar, fá-lo-ei e direi o mesmo que estou a dizer agora. Penso que não haverá problemas. Neste momento, prefiro apotar para a manga da minha camisola e é o que vou fazer", concluiu.
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