A Adidas decidiu lançar nas redes sociais uma campanha nas redes sociais para celebrar o lançamento do novo equipamento do Arsenal, mas não correu como o esperado.
A marca alemã desafiou os utilizadores da rede social Twitter a responderem a uma publicação da campanha com a hashtag #DareToCreate ('Atreve-te a criar'), a qual receberia automaticamente uma resposta com o nome do utilizador de Twitter em causa personalizado na camisola do clube inglês.
No entanto, a campanha durou menos de 24 horas. Se por um lado houve quem optasse por colocar o seu nome real, por outro houve quem aproveitasse a conta daquela plataforma para passar mensagens racistas e até xenófobas de modo a espalhar o ódio.
Contas como "Gas all jews" ("Gasear todos os judeus"), "Innocent Hitler" ("Hitler Inocente"), "Die all niggas" ("Morte a todos os negros") "Madeleine McCann" ou 96wasnotenough (referência à tragédia de Hillsborough) obrigaram a Adidas a terminar a campanha de forma abrupta.
Através de comunicado, a marca alemã desculpou-se pelo sucedido e prometeu investigar a situação.
"Como parte da nossa parceria de lançamento da nova camisola do Arsenal, tomámos conhecimento da utilização abusiva da ferramenta de personalização automática, que fora criada para permitir que os adeptos colocassem os seus nomes na nova camisola. Devido a uma minoria que decidiu criar versões ofensivas desta iniciativa, decidimos suspendê-la imediatamente e a nossa equipa de Twitter está de momento a investigar os factos", declarou um porta-voz da Adidas.
O Arsenal também emitiu uma nota onde "condena totalmente o uso de linguagem desta natureza que não tem lugar no futebol ou na sociedade".
"Trabalhamos bastante no clube para encorajar a diversidade e inclusão através do programa 'Arsenal for Everyone', lançado em 2008 como parte da celebração da diversidade reinante na família do Arsenal", sublinhou ainda o emblema londrino.
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