Benjamin Mendy está com a vida bem complicada e dificilmente sairá ileso das oito acusações de violação e agressão sexual pelas quais está a ser julgado em Inglaterra.
Se tudo já parecia mau, os mais recentes desenvolvimentos trazem contornos ainda mais gravosos e explicam de forma mais específica como é que os alegados crimes terão acontecido.
O lateral francês foi assim acusado de trancar algumas vítimas num denominado "quarto de pânico" em Mottram St Andrew (Cheshire) - casa onde decorriam as violações - retirando-lhes ainda o telemóvel naquele que era visto como um "jogo com cenários sexuais".
A informação foi avançada pelo jornal britânico 'The Sun' que replicou algumas declarações de Timothy Cray, representante do Ministério Público inglês, em tribunal.
"É mais um capítulo de uma história muito antiga: homens que violam mulheres porque pensam que são poderosos e que nada acontece", afirmou.
Segundo a mesma fonte, a razão pela qual Mendy e Louis Saha Matturie (outro arguido no processo e amigo do jogador) retiravam o telemóvel às vítimas era para que Pep Guardiola [seu treinador no Manchester City] não o visse com muitas mulheres no Instagram, sendo que a escolha de um local isolado para os alegados crimes permitiu que houvesse um maior controlo sobre as vítimas.
Timothy Cray, que sublinhou que o primeiro objetivo passaria por embriagar as mulheres, explicou ainda o papel de Louis Saha Matturie em todo o processo:
"As alegações mostram que um dos trabalhos de Saha [o amigo do jogador] para Mendy era encontrar jovens mulheres e criar situações de divertimento, para que pudessem ser violadas e agredidas sexualmente", explicou.
Recorde-se que este já é um processo com vários capítulos. O Ministério Público inglês já havia classificado Benjamin Mendy como um "predador sexual" sem qualquer sensibilidade perante as vítimas. Do outro lado, o internacional francês de 28 anos jura inocência e já negou todas as acusações.
Depois de vários meses em prisão preventiva, Mendy, campeão mundial em 2018, foi colocado sob supervisão judicial em meados de janeiro passado.
Mendy, que começou no Le Havre, passou pelo Marselha e depois esteve uma época no Mónaco, tornou-se, em 2017, o defesa mais caro da história, quando o Manchester City pagou 60 milhões de euros.
Em agosto passado, o Manchester City, clube no qual alinham os portugueses Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva, suspendeu o internacional francês, de 27 anos, sem dar qualquer explicação.
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