Rúben Amorim não acredita que terá tanto tempo no Manchester United para reverter a situação quanto Mikel Arteta teve para recuperar o Arsenal. O treinador de 40 anos tem encontrado muitas dificuldades desde que substituiu Erik ten Hag em novembro.

Os 'red devils' estão em 14º lugar na Premier League e já foram eliminados das duas taças domésticas. Assim, a Liga Europa é a única rota restante para ganhar um título esta temporada. A equipa de Amorim prepara-se para enfrentar o Arsenal, atualmente em segundo lugar na Premier League e que vem de uma vitória por 7-1 nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões contra o PSV Eindhoven.

Quando questionado se via semelhanças entre a posição de Arteta e o seu trabalho no United, Amorim afirmou que não acredita que irá ter o mesmo tempo que o espanhol teve nos seus primeiros tempos à frente dos 'gunners'.

"Não terei o tempo que Arteta teve. Sinto isso. É um clube diferente. Portanto, só precisamos de sobreviver com os jogadores no domingo e durante estes jogos. Acho que, nesse aspeto, a forma como Arteta lidou com isso é uma inspiração para todos. Eu não terei o tempo que Arteta teve."

O Manchester United conseguiu um empate a um contra a Real Sociedad na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa, num jogo onde Amorim não pode contar com onze jogadores devido a lesão.

"Precisamos de sobreviver no domingo. A equipa estava tão cansada nos últimos 20 minutos. Temos que preparar o domingo e depois pensar neste jogo importante para a nossa época na quinta-feira"

Antes do jogo com o Arsenal está planeado um protesto contra os proprietários americanos do Manchester United por parte de um grupo de fãs chamado '1958'. Ruben Amorim vê este protesto com naturalidade e está focado exclusivamente no seu trabalho.

"Acho que para todos no nosso clube é um momento realmente difícil. É tudo ao mesmo tempo. A única coisa que posso fazer, e os nossos jogadores podem fazer, é jogar bem e vencer.  As pessoas têm o direito de protestar. Acho que é positivo. Faz parte do nosso clube. Todos têm voz.  Mas o nosso trabalho e o meu trabalho é apenas melhorar a equipa e dar-lhes algo neste momento porque eles merecem e são incríveis."