O campeonato russo de futebol, que será retomado a 21 de junho, vai contar com público nas bancadas, anunciou hoje a federação, que recebeu autorização governamental para o efeito.
“Numa primeira fase só será permitida 10% da ocupação dos estádios. É uma medida segura para os adeptos se respeitarem todas as medidas de precaução”, refere a entidade.
Os alertas por parte dos clubes, sobretudo por parte do CSKA e Spartak, ambos de Moscovo, quanto às elevadas perdas motivadas por jogos sem adeptos nas bancadas, devido à COVID-19, foi o mote para a reunião da federação com as autoridades sanitárias, da qual resultou esta decisão.
Cada clube terá a responsabilidade de agilizar esta medida, uma vez que as capacidades dos estádios vão dos cerca de 7.500 espetadores do Gazovik do Orenburg, autorizado a 752 apoiantes, aos aproximadamente 70 mil do Zenit Arena, com permissão para 6.702 adeptos.
Apesar de haver vários futebolistas infetados nas competições profissionais – hoje o Lokomotiv de Moscovo anunciou quatro casos no plantel principal –, as autoridades russas insistem que a situação da epidemia está estabilizada, excetuando a zona do Cáucaso e algumas regiões isoladas.
Moscovo, o epicentro da epidemia na Rússia, começará o desconfinamento em 01 de junho.
A 23.ª jornada do campeonato, dos últimos a serem suspensos, já que a covid-19 chegou mais parte do país, arrancará com o Zenit como líder destacado, com nove pontos de avanço para o Lokomotiv Moscovo.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.
Depois dos Estados Unidos e Brasil, a Rússia é o terceiro país com mais infetados, com 370.051, e 4.142 mortos.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.
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