O que poderá fazer um treinador quando a sua equipa está em zona de descida de divisão e precisa de vencer jogos até chegar aos seus objetivos? Aumentar a carga de treino físico? Insistir no treino tático? Trabalhar mais, de forma individual, com os jogadores? Há vários métodos e cada um pode optar por aquele que acha que vai dar resultados.
Mas nem sempre os resultados são alcançados, aumentado a carga de treino. Criar um bom ambiente de grupo, com atividades que promovam a camaradagem pode ser uma solução para os problemas. Que o diga o Rubin Kazan, emblema que está a fazer o segundo estágio da época, após a paragem do campeonato russo para a pausa de inverno.
Leonid Slutsky, técnico do clube de Kazan, transformou o estágio da equipa numa autêntica colónia de férias. Aqui não há treino de 4-4-2 ou 4-3-3, de pressão em espaço curto ou intensidade na troca de bola.
E tem razões para isso: a sua equipa ocupa um decepcionante 13.º lugar na Liga Russia, em zona de descida (o 13.º e o 14.º disputam um play-off de manutenção, o 15.º e o 16.º descem de imediato), com apenas quatro vitórias em 19 jogos no campeonato. Há qualidade no plantel mas falta o 'clique' para a equipa embalar para os bons resultados.
Neste miniestágio antes do regresso da Liga Russa (1 de março, em casa do Tambov), Slutsky tem dado preferência a atividades extra-futebol. Surpreendeu com um 'baby-foot' humano gigante, onde os jogadores vão soprando uma pequena bola em direção de uma baliza (trabalho de cardio).
Depois inovou ao introduzir o 'bubblefoot' num dos treinos, onde os jogadores, cada um dentro de uma bolha gigante, disputam uma partida. (O Bubble Football é uma variante do futebol cuja principal característica é a bolha insuflável gigante, a Bubble, que faz parte do equipamento dos jogadores. Joga-se 4 contra 4, em jogos de 10 minutos. Vale empurrar mesmo sem ser na disputa de bola).
Além disso, levou os jogadores para uma pista de karts onde tiveram a oportunidade de mostrar qualidades ao volante.
Uma coisa é certa: não falta boa disposição entre os jogadores e equipa técnica. Leonid Slutsky acredita que, com mais descontracção e menos pressão, a qualidade dos seus jogadores acabará por vir ao de cima, assim como os resultados desportivos.
Agora é esperar para ver se este estágio (mais parece uma colónia de férias) vai dar resultados quando o campeonato russo regressar, no dia 28 de fevereiro. A prova é liderada pelo Zenit com 45 pontos, mais dez que o FK Krasnodar. O Rubin Kazan é 13.º com 19 pontos, os mesmos do FK Orenburg, o primeiro emblema fora da zona de descida.
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