A seleção portuguesa de futebol vai disputar pela terceira vez os oitavos de final de um Mundial, no sábado, perante o Uruguai, depois de um triunfo com a Holanda e um desaire com a Espanha, ambos por 1-0.

Após ter saltado da fase de grupos diretamente para os ‘quartos’ em 1966, Portugal jogou pela primeira vez os ‘oitavos’ em 2006, vencendo a Holanda por 1-0, com um tento de Maniche, aos 23 minutos, num encontro com 16 cartões amarelos e quatro vermelhos por acumulação.

Quatro anos depois, a formação das ‘quinas’ voltou a chegar aos oitavos de final, para, desta vez, perder por 1-0 com a Espanha, por culpa de um golo de David Villa, aos 63 minutos, rumo ao seu primeiro e ainda único título Mundial.

A 25 de junho de 2006, há precisamente 12 anos, o jogo foi quase tudo menos futebol, com o recorde de cartões a refletir o que se passou no encontro, que entrou para a história como a ‘Batalha de Nuremberga’, o palco do embate, em solo alemão.

No meio da ‘confusão’ e do dramatismo, emergiu o golo de Maniche, aos 23 minutos, com Portugal a aguentar muito tempo em inferioridade numérica, sobretudo na segunda parte, dos 45+1 aos 63 minutos e, depois, dos 78 aos 90+6.

Já com a formação comandada pelo brasileiro Luiz Felipe Scolari na frente, e depois de Cristiano Ronaldo ser substituído, vítima da agressividade dos holandeses, Costinha, em cima do intervalo, foi o primeiro a ser expulso.

Aos 63 minutos, foi a vez de Boulahrouz, mas Portugal voltou a ficar com menos um aos 78, face à expulsão de Deco. Foi preciso sofrer até final, com os holandeses a acabarem também com nove, após um vermelho a Giovanni van Bronckhorst, aos 90+5.

Quatro anos volvidos, a 29 de junho de 2010, na Cidade do Cabo, na África do Sul, o jogo foi bem tranquilo e pautado pelo equilíbrio.

Aos 63 minutos, David Villa decidiu a favor a Espanha, num golo que afastou a formação das ‘quinas’ da prova. Se fosse agora, o lance teria sido, muito provavelmente, revertido pelo VAR, pois o avançado espanhol estava em posição irregular.

Mas, o lance foi validado e o conjunto então comandado por Carlos Queiroz ficou fora, com a Espanha a arrancar rumo ao título, que conquistaria na final, curiosamente com a Holanda, graças a um golo de Iniesta, na segunda parte do prolongamento.

A terceira presença de Portugal nos ‘oitavos’ está marcada para sábado, pelas 21:00 locais (19:00 em Lisboa), no Estádio Fisht, em Sochi, frente ao Uruguai.

- Portugal nos oitavos de final do Mundial:

2006

Franken-Stadion, em Nuremberga, na Alemanha.

25 de junho de 2006.

Portugal - Holanda, 1-0 (Maniche 23).

- Portugal: Ricardo; Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Costinha, Maniche e Deco; Figo (Tiago, 84), Cristiano Ronaldo (Simão, 34) e Pauleta (Petit, 46).

Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Costinha (45+1) e Deco (78).

- Holanda: Edwin van der Sar, Khalid Boulahrouz, André Ooijer, Joris Mathijsen (Rafael van der Vaart, 56), Giovanni van Bronckhorst, Mark van Bommel (John Heitinga, 67), Phillip Cocu (Jan vannegoor of Hesselink, 84), Wesley Sneijder, Robin van Persie, Arjen Robben e Dirk Kuyt.

Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Khalid Boulahrouz (63) e Giovanni van Bronckhorst (90+5).

Assistência: 41.000 espetadores (lotação esgotada).

2010

Estádio Green Point, na Cidade do Cabo, na África do Sul.

29 de junho de 2010.

Espanha – Portugal, 1-0 (David Villa 63).

- Espanha: Iker Casillas, Sergio Ramos, Gerard Piqué, Carles Puyol, Joan Capdevila, Sergio Busquets, Xabi Alonso (Carlos Marchena, 90+3), Xavi Hernandez, Andrés Iniesta, David Villa (Pedro Rodriguez, 88) e Fernando Torres (Fernando Llorente, 59).

- Portugal: Eduardo; Ricardo Costa, Bruno Alves, Ricardo Carvalho e Fábio Coentrão; Pepe (Pedro Mendes, 72), Raul Meireles e Tiago; Simão (Liedson, 72), Cristiano Ronaldo e Hugo Almeida (Danny, 58).

Cartão vermelho direto para Ricardo Costa (89).

Assistência: 62.955 espectadores