Europa: Portugal entra diretamente. Itália vai a play-off

A seleção portuguesa de futebol qualificou-se pela sétima vez, e quinta consecutiva, para a fase final de um Mundial, ao vencer em casa a Suíça por 2-0 e conquistar o Grupo B europeu de apuramento.

Portugal, que esteve em todas as grandes competições desde 2000 e repete as presenças em Mundiais de 1966, 1986, 2002, 2006, 2010 e 2014, terminou com os mesmos 27 pontos da Suíça, mas com vantagem na diferença de golos (32-4 contra 23-7).

Bélgica, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Polónia, Sérvia, Islândia, Portugal, França, Rússia são as seleções europeias que já garantiram um lugar no próximo campeonato do mundo, na Rússia.

A Suíça, relegada para o segundo posto do Grupo B por Portugal, a Suécia e a Grécia completa, o lote de seleções que vão disputar o ‘play-off’ europeu de apuramento.

Os helvéticos, os suecos, segundos do Grupo A, atrás da França, e os helénicos, segundos do Grupo H, há muito conquistado pela Bélgica, juntaram-se a Irlanda do Norte, Dinamarca, Itália, República da Irlanda e Croácia.

A formação suíça precisava de pontuar em Portugal, mas perdeu por 2-0, a Suécia podia ser goleada na Holanda e também acabou derrotada por 2-0, enquanto os gregos receberam e golearam Gibraltar por 4-0, com um ‘bis’ do ex-benfiquista Mitroglou.

No sorteio, a formação suíça será cabeça de série, juntamente com Itália, Croácia e Dinamarca.

Das seleções que terminaram os seus agrupamentos no segundo posto, ficou de fora a Eslováquia, que, no Grupo F, arrebatado pela Inglaterra, só somou 12 pontos nos jogos contra o primeiro, o terceiro, o quarto e o quinto.

O sorteio do ‘play-off’ realiza-se a 17 de outubro, em Zurique, na Suíça, com eliminatórias, a duas mãos, entre 09 e 14 de novembro. O primeiro encontro disputa-se a 09, 10 ou 11 e o segundo a 12, 13 ou 14.

América do Norte e do Centro: Panamá em estreia, Estados Unidos afastados

O Panamá garantiu a última vaga direta da CONCACAF para o Mundial de futebol de 2018, ao bater em casa a Costa Rica por 2-1, enquanto os Estado Unidos caíram, ao perderem em Trindade e Tobago.

O norte-americanos só dependiam de si para se juntarem a México e Costa Rica, mas tombaram no reduto da única seleção que já estava eliminada, falhando até o ‘play-off’, face à Austrália, garantido pelos Honduras, com um 3-2 na receção ao México.

Os panamianos - segundos estreantes, depois da Islândia - aproveitaram e subiram ao terceiro posto, depois de terem estado a perder com a Costa Rica, que, com o ‘leão’ Bryan Ruiz no ‘onze’ (saiu aos 69 minutos), marcou aos 36, por Johan Vanegas.

Na segunda parte, o Panamá logrou, no entanto, dar a volta ao resultado, com tentos de Gabriel Torres, aos 52 minutos, e de Roman Torres, que virou ‘herói’, ao marcar aos 88.

O segundo golo dos panamianos roubou o apuramento direto às Honduras, que somaram os mesmos 13 pontos do Panamá, mas com pior diferença de golos (13-19 contra 9-10).

Os hondurenhos estiveram a perder duas vezes com o México, por culpa dos tentos de Oribe Peralta (17 minutos) e Carlos Vela (37), mas acabaram por vencer, com tentos de Alberth Elis (34), Guillermo Ochoa (53, na própria baliza) e Romell Quito (60).

Na formação ‘azteca’, foram titulares os portistas Layún e Herrera (assistência para o segundo golo) e o benfiquista Raúl Jiménez (passe para o primeiro), enquanto o também ‘azul e branco’ Corona entrou aos 67 minutos.

Face às reviravoltas dos rivais, os Estados Unidos falham o Mundial pela primeira vez desde 1986, num jogo em que chegaram ao intervalo a perder por 2-0, face a um autogolo de Omar Gonzalez (17 minutos) e um tento de Alvin Jones (37).

Na segunda metade, logo aos 47 minutos, Christian Pulisic ainda reduziu, mas o ‘onze’ de Bruce Arena não conseguiu chegar à igualdade, que lhe valeria uma oitava presença consecutiva na fase final e 11.ª da sua história.
América do Sul: Afinal, Messi sempre vai à Rússia. Brasil elimina Chile

A ‘grandiosidade’ de Lionel Messi apareceu em todo o seu esplendor em Quito, em forma de um ‘hat-trick’, num histórico 3-1 ao Equador, que salvou a Argentina de falhar pela primeira vez um Mundial desde 1970.

Numa última ronda sul-americana que qualificou ainda Uruguai e Colômbia, atirou o Peru para o ‘play-off’ e eliminou Chile e Paraguai, os argentinos estavam obrigados a ganhar e começaram, praticamente, a perder, pois Romario Ibarra demorou apenas 38 segundos a adiantar os locais.

Lá bem no alto, nos 2.850 metros de Quito, Messi veio, porém, em socorro da Argentina e virou o resultado, com um toque de classe após tabela com Di Maria, aos 12 minutos, e um violento tiro de pé esquerdo, depois de roubar a bola a Dario Aimar, aos 20.

Em vantagem, os comandados de Jorge Sampaoli tranquilizaram e passaram a controlar os acontecimentos, mas só ganharam alguma folga aos 62 minutos, quando Messi voltou a ‘esfregar a lâmpada’ e, com um belo ‘chapéu’ a Banguera, selou o 3-1 final.

O craque de Rosário somou, assim, o quinto ‘hat-trick’ pela Argentina, mas apenas o primeiro em eliminatórias para o Mundial, sendo que passou a contar 61 golos, em 122 jogos pela seleção: com ele, na qualificação, o conjunto ‘albi-celeste’ somou 21 pontos, em 10 jogos. Sem ele, apenas sete, em oito encontros.

Na formação argentina, que partiu para a última ronda do sexto lugar, foram titulares o benfiquista Salvio (saiu aos 90 minutos) e o sportinguista Acuña e alinharam de início os ex-benfiquistas Di Maria e Enzo Pérez e o ex-portista Otamendi.

Os argentinos, campeões em 1978 e 1986, garantiram a 17.ª presença e 12.ª consecutiva com o terceiro posto, com 28 pontos, a três do Uruguai, que, como se esperava, selou o apuramento, em segundo, ao bater em casa a Bolívia por 4-2, num embate em que foram os seus jogadores a apontar os seis golos.

Gaston Silva, a abrir, aos 24 minutos, e Diego Godín, a fechar, aos 79, marcaram na própria baliza, mas, pelo meio, Martin Caceres, aos 39, Edinson Cavani, aos 42, e Luis Suárez, aos 60 e 76, acertaram no sítio certo e qualificaram a ‘celeste’.

Na formação uruguaia, que estará no Mundial, que venceu em 1930 e 1950, pela 13.ª vez e terceira seguida, o portista Maxi Pereira entrou aos 77 minutos e o ‘leão’ Coates não saiu do banco.

A outra vaga em aberto para a fase final, foi conquistada pela Colômbia (sexta presença na fase final e segunda consecutiva, depois do quinto posto em 2014), que empatou 1-1 no Peru, onde se adiantou aos 56 minutos, com um tento de James Rodriguez.

Os peruanos acabaram por chegar à igualdade, aos 74 minutos, por Paolo Guerrero e também festejaram, já que o quinto posto permite-lhes jogar um ‘play-off’ intercontinental, face à Nova Zelândia, vencedora da qualificação na Oceânia.

A formação de Ricardo Gareca somou os mesmos 26 pontos do Chile, mas ficou à frente dos bicampeões sul-americanos em título, que foram sextos, na diferença de golos (27-26 contra 26-27).

A ‘culpa’ foi do há muito apurado Brasil, que recebeu e bateu os chilenos por 3-0, com um golo do ‘catalão’ Paulinho, aos 55 minutos, e dois do ‘miúdo’ Gabriel Jesus, aos 57 e 90+3. Na ‘era’ Tite, os ‘canarinhos’ somaram oito triunfos e dois empates.

No sétimo posto, ficou o Paraguai, que garantiria o ‘play-off’ com uma vitória, mas não foi capaz de marcar na receção à Venezuela e ainda acabou derrotado, por culpa de tento de Yangel Herrera, aos 84 minutos. Os venezuelanos não tinham ganho fora.

África: Egito junta-se à Nigéria para fazer crescer o contingente africano

O Egito festejou de forma eufórica o apuramento para o Campeonato do Mundo 2018 que chegou na última jornada da qualificação em África. Ao país do norte do continente já se tinha juntado à Nigéria que foi a primeira a garantir presença no campeonato do Mundo neste continente.

Ficam a faltar três representantes de África no Mundial que vão derivar dos três grupos (A,D e C) que ainda não fecharam as contas de que será o primeiro classificado. Em África, apenas os primeiros classificados dos grupos têm acesso à fase de grupos do Mundial.
Ásia: Já há quatro representantes

A qualificação no continente asiático também está perto do fim e há quatro seleções que já garantiram a viagem para a Rússia no próximo ano. Para além do Irão orientado por Carlos Queiroz, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita têm tudo tratado para seguir viagem rumo ao Mundial.

Na vaga restante, Síria e Austrália competem no play-off sendo que, na primeira volta, empataram 1-1.

Oceânia: Ainda não há representantes. Está complicado para a Austrália

A Austrália terá agora de medir forças contra as seleções asiáticas, tanto a nível de competição continental como na qualificação para o Mundial. Os australianos, atuais detentores do título asiático, tiveram pela frente muitas dificuldades no grupo B, ficando atrás de Japão e Arábia Saudita.

O terceiro lugar alcançado permitiu aos socceroos disputarem um play-off contra a Síria, tendo conseguido passar essa fase. Contudo, ainda será preciso mais um obstáculo antes de chegar à Rússia: triunfar no play-off intercontinental diante das Honduras, que foi o quarto classificado da CONCACAF.