Ronaldo venceu Ibrahimovic. Este era um duelo à margem do Portugal-Suécia, que foi alimentado as expectativas de muitos, que na noite de sexta-feira podiam ver dois dos melhores jogadores do Mundo 'frente-a-frente'.
O sueco esteve, praticamente, durante todo o encontro no estádio da Luz, solitário na frente de ataque. Muito do jogo dos suecos não passou por ele e nem aqueceu as mãos de Patrício. A verdade é que o Ibra do PSG não se viu em Lisboa.
Ronaldo não brilhou tanto como é seu costume no Real Madrid. Com marcação cerrada dos seus adversários, o capitão luso ia abrindo espaços para os seus colegas de equipa, mas foram alguns os passos falhados e acabou por ver um cartão amarelo, já na segunda parte, depois de um embate com o guarda-redes sueco na disputa pela bola. Quem assistiu ao jogo, percebeu que o jogador estava impaciente para resolver o encontro.
Ao contrário de Ibrahimovic, Ronaldo esteve muito mais em jogo. O português constrói mais do que o sueco, que na sua seleção não pode estar tão dependente dos seus companheiros para chegar ao golo como esteve esta sexta-feira. O luso acabou por vencer o duelo quando aos 82 minutos cabeceou da melhor forma um cruzamento de Miguel Veloso.
O gigante Moutinho
Se Ronaldo foi o decisor (somou seis remates e liderou neste campo), Moutinho foi um 'gigante' perante os suecos e todo o jogo de Portugal passou pelos seus pés. Tendo do outro lado jogadores fisicamente mais fortes, o jogador luso disputou todas as bolas possíveis a meio-campo e foi quem mais cruzou para o golo (12 no total, cinco na primeira parte e sete na segunda). Na primeira parte, foi dele a melhor ocasião para golo, numa jogada fantástica com Ronaldo, que lhe ofereceu a bola de calcanhar, mas o remate de Moutinho, já com pouco ângulo, saiu à malha lateral.
Portugal jogou ontem como se o encontro com a Suécia fosse o último jogo das suas vidas e de uma forma geral a equipa funcionou. No meio-campo, Moutinho teve em Meireles um ótimo companheiro e Coentrão e João Pereira, segundo jogador com mais cruzamentos, conseguiram cumprir. Tal como a dupla de centrais, sempre de olho em Ibra, mas sem perder o foco na transição para o ataque.
Na realidade, só Nani esteve bastantes furos abaixo do esperado. O jogador do Manchester United esteve mal na maioria dos cruzamentos para a grande área, uma das suas melhores 'armas', e, na verdade, parecia nem estar em campo.
Portugal vai na terça-feira a Solna, na Suécia, para resolver, em 90 minutos, a presença no Mundial, com uma vantagem de 1-0.
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