O ex-internacional brasileiro Rivaldo, considerado o melhor futebolista do mundo pela FIFA em 1999, assumiu hoje que gostaria de ver Brasil e Portugal encontrarem-se no Mundial2022, que decorre entre 20 de novembro e 18 de dezembro, no Catar.

Campeão do mundo em 2002, pela seleção brasileira que conquistou o quinto título na prova, o antigo médio ofensivo lembrou que é possível a formação ‘canarinha’, cabeça de série do grupo G, e a equipa das ‘quinas’, inserida no grupo H, encontrarem-se na segunda fase da prova, algo que espera ver acontecer.

“Neste ano, o Brasil está muito forte e é uma seleção favorita para conquistar o título, mas o Mundial não é fácil. O Brasil vai encontrar muitas dificuldades. Portugal também é [forte]. Dependendo do que vai acontecer na primeira fase, talvez Brasil e Portugal se encontrem na segunda. Espero que se encontrem”, realçou, durante uma visita às instalações do Futebol Clube de Vizela, o novo clube de um dos filhos, João Vítor, de 17 anos.

Presente nos 14 jogos que o ‘escrete’ disputou no Mundial1998, em França, no qual foi finalista vencido (perdeu 3-0 com os anfitriões na final), e no Mundial2022, na Coreia do Sul e do Japão, Rivaldo frisou que a “tranquilidade” com que preparou cada fase final lhe permitiu “render e fazer grandes jogos”.

A antiga ‘estrela’ do Barcelona – marcou 86 golos em 157 jogos pelos catalães entre 1997 e 2002 – aconselhou ainda Cristiano Ronaldo a permanecer “tranquilo” perante a circunstância de não ser titular no Manchester United para a I Liga inglesa desde 13 de agosto, por entender que o internacional português, com mais de 800 golos na carreira, vai regressar à titularidade no “momento certo”.

“Acredito que esteja a passar um momento difícil por não ser titular na equipa. É difícil para um jogador que se habituou a jogar estar no banco. Pode sentir que, apesar da sua idade, poderia fazer algo de diferente dentro de campo. É um jogador que admiro muito, um grande profissional. No momento certo, vai entrar e ser titular”, observou.

Aos 50 anos, o ex-futebolista que se distinguiu ainda pelo Corinthians, pelo Palmeiras, pelo Deportivo da Corunha e pelo AC Milan, emblema pelo qual conquistou a Liga dos Campeões, em 2002/03, conversou com os jogadores do plantel principal do Vizela e assumiu ter-lhes dito para terem o “sonho” de “chegar longe”, com “muita disciplina”.

“Para ser o melhor jogador do mundo, tive de passar por dificuldades, sempre com muito foco. Em 1992, cheguei a uma equipa pequena no estado de São Paulo, o Mogi Mirim, e, sete anos depois, estava a ser considerado o melhor jogador do mundo. Que todos tenham o ‘sonho’ de chegar longe para, um dia, conquistarem algo importante”, disse.

Radicado em Orlando, cidade no sudeste dos Estados Unidos, Rivaldo prometeu acompanhar de perto o percurso de João Vítor em Vizela, “cidade onde tem amigos”, apesar de reconhecer que os filhos de atletas que chegaram ao topo do futebol mundial podem sentir “mais pressão” para singrarem.

“O meu outro filho, o Rivaldinho, às vezes tem dificuldades, porque as pessoas querem fazer comparações. Cada jogador quer fazer a sua história. Às vezes, até ocupam posições diferentes em campo. Pode prejudicar um pouco ser-se filho [de um antigo futebolista de topo], pela pressão. Um jogador tem de ter personalidade e de mostrar o seu futebol”, detalha.

O presidente da SAD do Vizela, Joaquim Ribeiro, vincou, por seu turno, que a contratação de João Vítor, médio defensivo oriundo do Atlético Guará que vai integrar os sub-17 dos minhotos, se deveu às “recomendações excelentes” e não ao nome do seu pai.

“Ele não veio por causa do Rivaldo, veio porque tem qualidade. O Rivaldo, por ser amigo de gentes de Vizela, também escolheu este projeto por ser um clube que lhe vai dar todas as condições de trabalho e de segurança. Acreditamos que, no futuro, possa ser um grande jogador profissional”, perspetivou.

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