O ataque demolidor da Alemanha não deu frutos frente ao jogo “tic-tac” dos espanhóis, com mais posse de bola e com mais oportunidades de golo. O polvo Paul, germânico, adivinhou mais uma vez, quando optou pelo aquário da Espanha em detrimento do da Alemanha.
Tal como na final do Euro2008, bastou um golo à Espanha para eliminar a Alemanha. Desta vez não foi Torres, mas Puyol, aos 73 minutos, que da altura do seu 1,70 metros, saltou mais alto que os gigantes germânicos e cabeceou para o tento da vitória. De golo em golo (1-0 a Portugal, Paraguai e agora Alemanha) a Espanha chega à final.
A Alemanha, pela segunda vez consecutiva, não passa das “meias”. Em 2002 chegou à final, mas perdeu com o Brasil e, em três tentativas, não consegue chegar ao “tetra” e igualar a Itália.
A Espanha fez o que tem feito durante todo o Mundial, ou seja, dispõem da posse de bola e joga no passe curto. No entanto, apesar de mais vezes chegar à área adversária, foi díficil bater a muralha alemã, que apenas pecava na saída para o ataque.
Os alemães não tomaram conta do jogo, esperando o erro que não apareceu por parte dos espanhóis, e a construção de jogo não foi conseguida.
A primeira oportunidade de golo foi para a Espanha, aos seis minutos, com Pedro Rodriguez, a substituir Fernando Torres, a rasgar o passe e a isolar Villa, que ainda rematou, mas contra o corpo de um atento Neuer.
A próxima oportunidade seria novamente para a formação espanhola, aos 13’, com Puyol a cabecear por cima, depois de um bom cruzamento de Iniesta.
A Alemanha apenas por uma vez assustou Casillas, num remate de longe e rasteiro de Trochowski.
Na entrada para a segunda parte, a Espanha continuou a dominar, ainda com mais oportunidades de golo. A Alemanha apenas por uma vez fez tremer Casillas. Aos 69’, Kroos, acabado de entrar, rematou à figura de Casillas após um grande cruzamento de Podolski, que viu o companheiro sozinho no lado direito.
Antes disso, já a Espanha tinha tentado a sua sorte e dado trabalho a Neuer e à muralha germânica. Aos 50’ e 58’, Xabi Alonso rematou forte e de longe, com a primeira a passar perto e a segunda a ser defendida do Neuer. Na sequência desse remate, a bola sobrou para Iniesta, que cruzou, mas Villa não chegou a tempo de encostar.
Pouco depois, Sérgio Ramos tentou chegar ao cruzamento de Xabi Alonso, mas falhou por muito pouco, ainda que tivesse Podolski nas suas costas.
De tanto tentar, a Espanha marcou mesmo. Canto de Xavi e Puyol, mais alto, a cabecear para o único tento.
Depois disso, a Alemanha foi incapaz de fazer o golo do empate e tentar levar o jogo para prolongamento. O arsenal alemão (13 golos marcados) não se conseguiu impor a um pragmatismo e muita paciência dos espanhóis.
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