A seleção de Portugal, seguida por Brasil e México, é a que chega com maior sobrecarga de jogos ao Mundial de futebol do Qatar, a ter inicio em 20 de novembro, segundo um estudo divulgado hoje pela FIFPro.
O relatório do Sindicato Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPro) alerta ainda para o número excessivo de minutos jogados por futebolistas como Vinicius Júnior (Brasil), Sadio Mané (Senegal), Kylian Mbappé (França) ou Son Heun-Min (Coreia).
O documento, que compara o calendário dos jogadores com o dos campeonatos do mundo anteriores, fala da “sobrecarga extrema que alguns jogadores enfrentam, principalmente aqueles que jogam em clubes da Europa e América”.
O estudo aponta que o tempo médio de preparação e recuperação para muitos jogadores será de sete a oito dias, cerca de quatro vezes menos do que o normal, e considera que “isso provavelmente aumentará o risco de lesões musculares e stress mental”.
Com base na combinação do número de minutos jogados desde o início da temporada de 2021/22 pelos selecionados de cada lista, Portugal é a seleção com maior sobrecarga de trabalho das 32 participantes na prova, seguido por Brasil e México.
Brasil e Portugal enfrentaram uma carga de trabalho combinado de mais de 30 mil minutos desde agosto, mais de 50 por cento a mais do que outras equipas e a seleção portuguesa jogou uma média de 5.200 minutos, o equivalente a 58 jogos completos.
Quanto aos jogadores, o documento observa que o avançado brasileiro Vinicius Júnior, do Real Madrid, jogou 72% dos seus minutos em jogos consecutivos de alto risco desde o início da temporada passada, sem descanso no geral, e a sua série mais longa de jogos consecutivos foi 13.
O senegalês Sadio Mané, do Bayern Munique, participou em 93 jogos, um dos números mais altos entre os jogadores presentes no Mundial, e o francês Kylian Mbappe, do Paris Saint-Germain, jogou 11 jogos consecutivos, com menos de cinco dias de recuperação.
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