Cinco anos depois, Portugal voltou ao Estádio José Alvalade. A última memória deste recinto citava uma derrota amarga com a Dinamarca, por 2-3. Hoje, não se exorcizaram os fantasmas e Portugal desiludiu com novo empate diante de Israel. Depois do 3-3 em Telavive, agora o marcador ficou em 1-1.
Num jogo decisivo para as suas aspirações, Portugal teve de apresentar um “visual renovado”, face às muitas ausências por lesão ou castigo. André Almeida foi o estreante da noite no lado direito da defesa, mas teve ao seu lado outros titulares pouco habituais, como Ricardo Costa, Antunes e Ruben Micael. Mais tarde foi a vez de Josué assinar também a sua primeira internacionalização.
Paulo Bento avisara na véspera para a obrigação de uma vitória. Ato contínuo, os jogadores entraram a pressionar Israel desde o primeiro segundo. Sem grande inspiração, mas com muita determinação, Portugal assumiu o domínio do desafio.
Porém, à exceção de um remate perigoso de Ruben Micael logo aos 3’ e de uma iniciativa de Ronaldo, aos 19’, escasseavam os lances de perigo luso. Do outro lado, Israel remetia-se à defesa, por estratégia e também alguma incapacidade para incomodar Portugal.
A monotonia do jogo só foi quebrada aos 27’ com o golo da Seleção. Após um cruzamento largo de Antunes, Pepe remata e Ricardo Costa desvia de forma certeira para o 1-0. Foi a melhor resposta ao incessante apoio das bancadas, onde estiveram 48317 espectadores.
No segundo tempo, e já com a notícia oficial da goleada da Rússia sobre o Luxemburgo (4-0), Portugal tinha a missão de confirmar também o seu triunfo de forma inequívoca. Algo que nunca chegou a fazer e onde acabou por se “colocar a jeito” para o empate.
Israel até regressou mais atrevido, mas rapidamente o jogo voltou à toada da primeira parte. Domínio continuado de Portugal, mas com poucas oportunidades de golo e escassa inspiração dos seus maiores talentos. Ronaldo e Nani estiveram em campo, mas foram sombras dos craques que tantas vezes decidem nos seus clubes. A exceção foi João Moutinho, sempre presente no melhor da Seleção.
Hugo Almeida ainda chegou a colocar a bola na baliza, mas o lance foi bem invalidado por fora de jogo. Foi o último grande sinal de perigo, já que Portugal empalideceu e complicou um jogo que esteve nas suas mãos.
Aos 85’, Rui Patrício comete um erro inesperado, ao passar a bola ao israelita Basat, que não perdoou e fez o empate. Caía assim um balde de água fria na alegria dos adeptos, que se despediram da Seleção com uma grande assobiadela.
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