A selecção portuguesa de futebol concluiu o Mundial2010 na 11.ª posição, de acordo com o relatório de análise à competição, que considera que, em geral, a prestação dos europeus foi “bem sucedida”.
Neste documento, de 289 páginas, divulgado hoje, a FIFA sublinha a impossibilidade de repetir a façanha do Mundial2006, em que os quatro semifinalistas provinham do “velho continente”.
“Em parte, porque as equipas de topo já tinha sido eliminadas da competição, após a fase de grupos”, refere o documento, aludindo ao afastamento precoce “dos finalistas em 2006, Itália e França”.
O relatório justifica ainda esta “quebra” com os três jogos, “totalmente europeus”, logo nos oitavos de final, entre os quais o encontro ibérico que ditou o afastamento de Portugal.
Admite, mesmo assim, que a “missão” possa ser vista como “bem sucedida”, porque “os vencedores destes três jogos chegaram às meias-finais”.
Já no “ranking” da competição, Portugal surge na 11.ª posição, sendo apenas batido por Japão e Chile, nono e décimo, respectivamente, entre as selecções afastadas nos “oitavos”. Entre as selecções que superaram a fase de grupos, Estados Unidos, Inglaterra, México, Coreia do Sul e Eslováquia ocupam os lugares imediatos.
No ordenamento global de todos os Mundiais, liderado pelo Brasil, que é seguido por Alemanha, Itália e Argentina, Portugal ocupa o 18.º posto.
Noutro capítulo, Portugal surge a meio da tabela das alturas, apresentando uma média de 1,81 metros, um centímetro abaixo da média da competição e praticamente equidistante dos sérvios, os mais altos (1,87), e dos chilenos, mais baixos (1,76).
Com uma média de idades de 28 anos e dois meses, a selecção portuguesa, apenas com Fábio Coentrão abaixo dos 23 anos, superou a média (27 anos e cinco meses), enquanto o Gana apresentou a formação mais jovem (24 anos e sete meses) e o Brasil a mais velha (29 anos e três meses).
O encontro de Portugal frente à Espanha foi que apresentou um mais elevado tempo útil de jogo (61.51 minutos), superando os jogos da fase de grupos com o Brasil (59.22), Coreia do Norte (55.40) e Costa do Marfim (57.17).
Acerca da posse de bola, Portugal dominou frente aos africanos (52 por cento) e aos asiáticos (54 por cento), ficando aquém deste registo frente a brasileiros (34 por cento) e espanhóis (37 por cento).
O guarda-redes Eduardo, o avançado Cristiano Ronaldo e o médio Tiago são os três jogadores destacados na página dedicada a Portugal, que aponta como “pontos-chave” na equipa lusa: “A disciplina e boa organização defensiva, a construção no meio campo ofensivo, os ataques pelas alas, os remates de longe, a velocidade dos jogadores, os especialistas em bolas paradas, a capacidade de Cristiano Ronaldo para resolver um jogo e a influência de Eduardo”.
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