![Nuno Lobo sonha festejar título do Mundial2026 com Cristiano Ronaldo](/assets/img/blank.png)
Nuno Lobo admitiu sonhar com a conquista do título de campeão mundial de futebol por Portugal em 2026 e de o celebrar como presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) com Cristiano Ronaldo.
Em entrevista à agência Lusa, o candidato à sucessão de Fernando Gomes, nas eleições de sexta-feira, às quais concorre com Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), assegurou manter as equipas técnicas em funções, ambicionando que o capitão da seleção nacional prolongue a carreira até ao Mundial2026.
“Esse é o meu sonho enquanto presidente da FPF. Estar no estádio, na final do Mundial, com o Ronaldo a capitanear a nossa seleção e a levantar o troféu de campeão do mundo em 2026”, referiu.
No entanto, Nuno Lobo recusou que o organismo federativo esteja refém de Ronaldo, considerando que, tal como aconteceu com Luís Figo no tempo de Gilberto Madail, Portugal “vai saber ultrapassar o fim da carreira da maior figura do desporto mundial”.
“Os meus selecionadores serão os que estão hoje na FPF. Por dois motivos, porque faço uma avaliação extremamente positiva do que é o seu trabalho, e, depois, porque a FPF tem contratos e eu cumpro contratos, não os abandono, não os rompo e isso é algo, porventura, diferenciador da outra candidatura, que tem na comissão de honra José Mourinho, que quer ser selecionador nacional. A minha escolha é clara, a do outro candidato já não é”, disse.
Relativamente à organização conjunta do Mundial2030, com Espanha e Marrocos, Nuno Lobo propõe-se “fazer deste o melhor Mundial de sempre”, procurando ainda que seja ‘locomotiva’ da melhoria das infraestruturas nacionais - estádios, unidades hoteleiras e desportivas - e “da aproximação real e efetiva dos adeptos ao futebol”.
“Gostava de voltar ao futebol de antigamente, ao futebol popular. Tínhamos de chamar gente, tínhamos de chamar ao futebol as meninas, os meninos, os jovens, as jovens, os mais idosos, os menos idosos. Portanto, gostava muito de aproveitar esse espetáculo, porque vamos ter aqui os melhores do universo, do mundo, para que seja um motor decisivo para chamar o adepto ao futebol”, sublinhou Lobo, assumindo-se opositor à disputa de competições nacionais no estrangeiro.
Assumindo-se como candidatos das bases do futebol, acaba por, publicamente, ser visto como um potencial perdedor da contenda face a um protagonista do topo da pirâmide do futebol, no caso o presidente da LPFP, Pedro Proença.
Perante essa possibilidade, e sem querer fazer planos para o futuro, para não se sair mal, Nuno Lobo não se atemoriza.
“Eu tenho esta ambição de ganhar. O meu foco, nestas próximas horas que faltam para o ato eleitoral, é ganhar, ganhar, ganhar. Se, porventura, perder, voltarei a ser um adepto do futebol, voltarei ao meu escritório [de advocacia]. Eu não dependo do futebol para viver e, portanto, tenho esta liberdade de, no dia 15, independentemente do resultado, continuar a minha vida, seguindo a minha máxima de que mais vale perder livre do que perder condicionado”, rematou.
As eleições para o quadriénio 2024-2028 estão marcadas para sexta-feira, entre as 13:00 e as 19:00, na Cidade do Futebol, em Oeiras, tendo o antigo árbitro e presidente da LPFP, Pedro Proença, e Nuno Lobo, ainda presidente da AFL, como candidatos à sucessão de Fernando Gomes, que lidera o organismo desde 17 de dezembro de 2011 e termina o terceiro e último mandato.
Vão eleger o 32.º presidente da FPF 84 delegados, 29 dos quais por inerência, que incluem os 22 presidentes das associações regionais e distritais, assim como os líderes da LPFP e das estruturas representativas de treinadores, árbitros, futebolistas, dirigentes, enfermeiros e massagistas e médicos.
Além destes, a AG eleitoral da FPF tem mais 55 delegados: 20 representantes dos clubes das competições profissionais, oito das provas não profissionais, sete das distritais, cinco dos jogadores profissionais, cinco dos amadores, cinco dos técnicos e cinco dos árbitros.
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