Ramenskoie, cidade que recebe o estágio de Portugal no Mundial2018 de futebol, deu hoje mais um passo de aproximação ao país, com a inauguração de uma exposição com os 15 locais portugueses Património Mundial da UNESCO.
"A iniciativa partiu da autarquia [onde fica Kratovo]. Esta iniciativa vai ter algum impacto, pois toda a população vive ao ritmo do campeonato do mundo. Há uma histeria com a nossa seleção, que mexe com os corações. As pessoas estão unanimemente a torcer pela seleção portuguesa", disse à Lusa João Mendonça João.
O leitor do Instituto Camões na Rússia, um dos responsáveis pela organização da iniciativa, dá como exemplo a número dois do município de Ramenskoie, Olga Egorova: "Passei a interessar-me pelo futebol devido ao Cristiano Ronaldo. Deste então não perco um jogo. Vi o primeiro no mundial e vou torcer fervorosamente no segundo".
A representante da edilidade espera que esta exposição permita que "mais adeptos portugueses" se desloquem a Ramenskoie, "também para aprender um pouco da história e do riquíssimo património desta comunidade".
"Quem sabe se esta exposição e o Mundial não irão resultar na assinatura de algumas cooperações em diversas áreas como, por exemplo, o vinho, que é muito atrativo?", disse, revelando-se "convencida", pelo que viu da exposição, a visitar Portugal no verão de 2019.
Os russos podem recolher informação sobre os centros históricos de Guimarães, Porto, Évora e Angra do Heroísmo, o Alto Douro Vinhateiro, os sítios pré-históricos de arte rupestre do vale do Rio Côa e Siega Verde, a universidade de Coimbra, os mosteiros da Batalha e Alcobaça, o convento de Cristo em Tomar, o Mosteiro dos Jerónimos e Torres de Belém, em Lisboa, a paisagem cultural de Sintra, a cidade-quartel de Elvas e as suas fortificações, a paisagem da cultura da vinha da ilha do Pico, nos Açores, e a floresta Laurissilva da Madeira.
"Ramenskoie vale muito a pena. Tem pessoas muito simpáticas e a cidade tem muito para ver, além da fábrica de cerâmica, que tem muitas semelhanças com a nossa loiça.
As autoridades locais ofertaram uma peça de artesanato, da sua típica cerâmica Gzhel, ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa, nomeadamente a representação da figura ?Gzhdun'.
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