O estádio de Durban vai ser o palco daquele que é considerado o jogo mais importante do Mundial 2010. Brasil e Portugal decidem no dia 25 de Julho quem passa em primeiro e em segundo do grupo. Isto, claro, se as duas equipas vencerem os restantes adversários do Grupo G.
O Portugal Brasil foi o primeiro jogo a esgotar, mesmo ainda sem os bilhetes terem sido colocados à venda directamente nas bilheteiras sul-africanas e a arena está pronta para receber as equipas e as cerca de 80 mil pessoas que reservaram um lugar para esta final antecipada do Mundial 2010.
O estádio tem capacidade para cerca de 80 mil pessoas mas apenas contempla 56 mil lugares fixos. Ou seja, os restantes são assentos amovíveis que permitem reduzir a capacidade nas épocas baixas e, com isso, os custos de manutenção. “A cidade não pode construir um novo estádio cada vez temos um novo evento. Por isso, ao conceber o estádio tivemos de garantir que permitia essa flexibilidade”, disse ao Sapo Desporto Julie-May Ellingson, responsável pela gestão de projectos do Mundial 2010 da cidade de Durban. “Se tivermos um evento como o Mundial podemos aumentar para os 85 mil lugares. O nível de capacidade de assentos foi muito importante para construir um estádio sustentável do ponto de vista financeiro”, sublinhou a responsável.
Do ponto de vista arquitectónico, o estádio Moses Badhiba impõe-se na cidade de Durban. O arco destaca-se no estádio e na cidade. “É o elemento arquitectónico chave do estádio ergue-se a 106 metros do chão, é o maior arco suspenso do mundo. É um elemento de design do estádio mas também é um elemento estrutural importante da construção”, disse em entrevista ao Sapo Desporto Julie-May Ellingson.
O estádio tem recebido a visita de milhares de pessoas, sul-africanos mas também estrangeiros, que fazem questão de conhecer por dentro o local onde os jogadores das melhores selecções do mundo vão estar. Os balneários, onde Cristiano Ronaldo e companhia vão relaxar e ouvir os conselhos e instruções de última hora de Carlos Queiroz, têm todas as condições para ajudar os jogadores a entrar em campo com o corpo e mente apenas focados em jogar bom futebol. Banheiras de hidromassagem, cofres com código para guardar as jóias, televisões para ver o ambiente do estádio, são alguns dos mimos reservados para os jogadores.
O relvado, o ponto central de todo o estádio, foi plantado com uma mistura de relva mais adaptada ao Verão e outra ao Inverno. “Basicamente, replantámos o estádio com relva Rye, que se adapta melhor ao tempo fresco, e assim, durante o Mundial 2010, vai assemelhar-se aos relvados europeus”, disse Julie-May Ellingson.
No topo do estádio, a vista é magnífica. Para lá chegar os visitantes podem usar o teleférico (nada mais do que um elevador que percorre o arco até ao ponto mais alto) ou as centenas de degraus que compõem a escadaria. Durban é, tal como diz o slogan da cidade para o Mundial 2010, o local mais quente da África do Sul durante o Mundial 2010.
Por isso mesmo, obter formas de refrescar o estádio foi uma das preocupações arquitectónicas durante a construção. A janela, além da componente estética, foi a solução para arejar todo o estádio. “Ao ter uma janela aqui no estádio onde se recebe a brisa fresca, garantimos que os espectadores ficam frescos, mas também o relvado recebe o ar e a ventilação necessários” referiu a responsável pela gestão dos projectos do Mundial 2010 da cidade. Além disso, acrescenta, “permite aos espectadores ter uma visão magnífica do estádio e da cidade”.
Em Durban as obras realizadas para receber o Mundial 2010 rondaram os 20 mil milhões de rands, cerca de 2 mil milhões de euros. Isto inclui o estádio e toda a zona envolvente que acompanha a extensa linha de praias.
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