Está em marcha o Mundial 2010 e no jogo inaugural África do Sul e México dividiram pontos e repartiram também as despesas do jogo.
Começou melhor a equipa de Javier Aguirre e com mais qualidade de jogo e intérpretes de melhor qualidade acabou por se impor naturalmente, fazendo ouvidos moucos às vuvuzelas dos Bafana Bafana.
Apesar da mancha amarela que encheu o Soccer City em Joanesburgo e dos milhares de incansáveis vuvuzelas que se fizeram ouvir, durante toda a primeira parte os Bafana Bafana não conseguiram corresponder ao apoio demonstrado e o México impôs a sua lei.
E começou cedo a supremacia da equipa mexicana, que logo nos primeiros minutos criou o primeiro lance de perigo do jogo numa jogada concluída por Giovani dos Santos. Aguilar cruzou na direita depois de uma boa jogada de entendimento e o jovem mexicano rematou para defesa apertada de Khune.
Era o primeiro aviso aos Bafana Bafana, mas os mexicanos haveriam de repetir a graça. Alguns minutos volvidos e novo lance de perigo junto da baliza sul-africana. Giovani dos Santos soltou-se rápido no contra-ataque, ninguém saiu à bola e a jovem estrela do México foi até ao fim e só não marcou porque o remate saiu ligeiramente ao lado da baliza da equipa da casa.
Em cima dos 45’ o México introduziu mesmo a bola na baliza sul-africana mas o lance foi bem anulado por fora-de-jogo. Na resposta, do outro lado, e no único lance de perigo da África do Sul no primeiro tempo, Mphela podia ter aberto o resultado mas chegou ligeiramente atrasado ao cruzamento.
O 0-0 ao intervalo penalizava a falta de acerto dos homens de Aguirre e premiava os sul-africanos, que no entanto não se mostraram rogados logo no começo do segundo tempo e abriram o marcador por Tshabalala, aos 54'. O médio arrancou pela esquerda do ataque, recebeu já sozinho e num pontapé indefensável para Oscar Perez levou ao rubro o Soccer City.
O golo teve o condão de despertar os Bafana, que viveram o seu melhor período não obstante Giovani dos Santos poder ter feito o empate num remate colocado que Khune defendeu para canto.
A equipa de Carlos Alberto Parreira passou a jogar mais tempo no meio-campo mexicano e a busca do golo do empate podia mesmo ter custado à equipa da América Central novo golpe.
No entanto, com melhor futebol nos pés, a justiça havia de regular o marcador em favor do México. Numa jogada de insistência, quando estavam decorridos 78', Rafael Marquez apareceu sozinho perante o guardião sul-africano e não teve dificuldades em marcar o primeiro da sua equipa neste Campeonato do Mundo.
O jogo entrou então numa fase mais táctica, em que ninguém queria arriscar de modo a não hipotecar as hipóteses futuras neste Mundial. No entanto, abriram-se espaços e a melhor oportunidade até final esteve mesmo nos pés de Mphela. Numa jogada de contra-ataque fugiu a Rodriguez e com o guarda-redes Oscar Perez pela frente atirou ao poste para desespero dos milhares presentes em Joanesburgo.
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