A bola do primeiro mundial em solo africano representa uma revolução tecnológica, sendo construída por apenas oito painéis em 3D, colados termicamente e sem quaisquer costuras.
A Jabulani, que significa "comemorar" em zulu, apresenta pequenas ranhuras de aderência - tecnologia "Grip'n'Groove" -, que asseguram um domínio completo, uma trajectória estável no ar e uma aderência perfeita em qualquer condição.
As 11 cores impressas na Jabulani representam os 11 jogadores de uma equipa, as 11 línguas oficiais da África do Sul e as 11 comunidades sul-africanas.
Tecnologicamente e visualmente, a Jabulani está muito longe das bolas usadas nos três primeiros mundiais, construídas em couro, com uma abertura para a entrada da câmara-de-ar, que depois era cozida com corda, que fazia sofrer os futebolistas na hora de cabecear.
A Superball, bola do Mundial de 1950, no Brasil, já tinha costuras internas, mas o couro continuava a ser muito pesado, sobretudo quando chovia, tendo, quatro anos depois, a Suíça apresentado a única bola amarela da história dos campeonatos.
Depois de o Brasil se ter sagrado campeão do Mundo no regresso às bolas castanhas, em 1958 e 1962, a Inglaterra apresentou uma bola laranja para a final do Mundial de 1966.
O ano de 1970 marcou o início do monopólio da Adidas, que apresentou no México a Telstar, para o primeiro mundial com transmissão via satélite, ganho pelo Brasil.
A Telstar, que com algumas alterações também foi utilizada em 1974, na Alemanha, tinha uma característica única, os 32 painéis cosidos à mão, que a tornavam na mais esférica bola construída até ali, além de ser a primeira bola branca decorada com pentágonos pretos.
Em 1978, na Argentina, iniciou-se a era Tango, cuja imagem durou até ao França98, com 20 "triângulos" desenhados e interligados entre si, um desenho inovador que criava a ilusão de a bola ter 12 círculos idênticos.
Apesar de ter o mesmo desenho, a Azteca, do Mundial de 1986, no México, foi a primeira bola produzida com materiais sintéticos.
Em 1994, nos Estados Unidos, a Questra tornou-se na primeira bola de alta tecnologia, por ter uma camada de polietileno branco, dando um toque mais suave e mais confortável.
A Tricolore, com que a França se sagrou em casa campeã do Mundo em 1998, foi a primeira bola oficial de um mundial multicolorida, apresentando uma camada inovadora de isopor (espécie de espuma), uma densa, uniforme e resistente matriz de micro-bolas, preenchidas com gás e com vedamento individual.
Na Coreia do Sul e no Japão terminou o reinado do design Tango, com a Fevernova a apresentar uma lâmina, de nome shuriken, no centro da bola, com chamas vermelhas, que simbolizava a energia e o esforço dos dois países asiáticos para organizar o Mundial de 2002.
Antes da Jabulani, a Alemanha teve a Teamgeist, que revolucionou a formato das bolas, não apresentando qualquer costura visível e com uma redução para apenas 14 peças, ao contrário das 26 ou 32 das bolas anteriores.
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