Os noventa minutos de jogo não chegaram para encontrar um campeão do Mundo e Holanda e Espanha vão agora tentar alcançar o seu primeiro título mundial no prolongamento. Tal como há quatro anos, quando a Itália bateu a França na final e onde até foi necessário recorrer-se a penáltis.
Esta noite, perante um Soccer City lotado com 84 490 pessoas, a selecção espanhola tem mostrado mais argumentos para chegar à vitória. Foi da equipa de Vicente del Bosque que surgiram os maiores lances de perigo e logo aos 5’ Sergio Ramos quase marcou de cabeça, mas o remate foi travado por uma boa defesa de Stekelenburg.
Os espanhóis entraram muito bem na final e o lateral e David Villa podia ter inaugurado o marcador ainda antes do primeiro quarto de hora. Foi então que a ‘Roja’ perdeu alguma cor e a Holanda aproveitou para mostrar que não pensa em defender e esperar apenas pelo erro adversário.
Contudo, os holandeses não conseguiram criar grandes ocasiões no primeiro tempo, fruto da discrição de Kuyt e Robben e da excessiva preocupação de Sneijder em ajudar a defesa. Aliás, a grande figura foi então Howard Webb, que se viu obrigado a puxar do cartão amarelo para segurar um jogo quezilento. De Jong podia mesmo ter visto o vermelho, face à entrada violenta sobre Xabi Alonso.
No regresso do intervalo, a Espanha voltou a entrar bem. Com seis jogadores do Barcelona no onze inicial, os campeões europeus deram nova prova da excelência do seu estilo ‘tiqui-taca’ e criaram problemas à defesa da equipa de Bert Van Marwijk.
A resposta holandesa veio por Robben aos 62’, quando o extremo falhou isolado perante Casillas. O guardião defendeu com a perna direita o remate do jogador holandês, que recebera uma assistência notável de Sneijder.
Todavia, com Xavi a coordenar as tropas da ‘armada espanhola’, os campeões europeus voltaram a dominar o jogo e Villa falhou incrivelmente o golo aos 69’ ao rematar contra um defesa na pequena área.
Estes falhanços geraram o sentimento de prolongamento no estádio. O tacticismo holandês começou a fazer-se sentir e os jogadores espanhóis também abrandaram o ritmo das suas investidas.
Apenas Sergio Ramos, de cabeça, aos 77’, e Robben, aos 84’, voltaram a sacudir o pragmatismo que imperava no relvado. Ainda assim, o nulo resistiu até ao apito final e agora espera-se uma decisão no prolongamento.
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