A Inglaterra, vice-campeã europeia, encabeça o Grupo B do Mundial2022 de futebol e tem o estatuto de favorita, frente a País de Gales, Estados Unidos e Irão, com os asiáticos novamente comandados por Carlos Queiroz.
Durante o sorteio, mal o agrupamento ficou definido, muitas vozes de espanto foram ouvidas na plateia, sobretudo devido a questões politicas e diplomáticas e às relações tensas e conturbadas do Irão com os Estados Unidos e também com o Reino Unido.
Por isso mesmo, o Grupo B promete ir além da questão desportiva e é o que mais ganha curiosidade em toda a comunidade internacional.
A cumprir a sua 16.ª presença em Mundiais, a Inglaterra, campeã uma vez, em 1966, no seu território, chega ao Qatar após uma qualificação quase perfeita (venceu o Grupo I sem derrotas), mas está ‘sob brasas’ devido à fraca participação na Liga das Nações, que levantou vozes a pedir a demissão do selecionador Gareth Southgate.
Mesmo assim, liderados em campo pelo ‘capitão’ Harry Kane, os ingleses aparecem como favoritos neste grupo, o único com as quatro equipas dentro do ‘top 20’ do ranking da FIFA.
Após ter falhado a qualificação com a Colômbia e depois com o Egito, Carlos Queiroz assegurou nova presença num Campeonato do Mundo ao regressar ao Irão, com o objetivo de fazer história com a primeira presença dessa seleção nos oitavos de final.
Com Taremi, avançado do FC Porto, como principal figura, a tarefa do técnico português não promete ser fácil, embora em 2018, num grupo em que estava Portugal, o Irão tenha ficado bem perto da qualificação.
Sobretudo os jogos com Estados Unidos e País Gales prometem ser determinantes nos objetivos da seleção iraniana, pela sétima vez na maior competição de seleções.
Ausentes na Rússia, em 2018, os Estados Unidos estão de regresso ao campeonato do Mundo e apresentam-se com uma das equipas mais jovens da competição, com uma média de idades de apenas 25 anos.
Na 11.ª presença dos norte-americanos, que foram apenas terceiros na qualificação da América Central, a equipa aparece liderada por Christian Pulisic, do Chelsea, e com o técnico Gregg Berhalter como selecionador, cargo que ocupa desde 2019.
Histórica é a presença do País de Gales, que não sabe o que é participar no Campeonato do Mundo desde 1958 (esta será apenas a segunda presença), e logo frente a Inglaterra, naquela que será o 104.º encontro de sempre entre os dois países.
Campeão nos Estados Unidos com os LA FC, o ‘capitão’ Gareth Bale parece ter a despedida ideal da carreira, já depois de ter feito história em 2016, quando liderou os galeses às meias-finais do Euro2016.
No Qatar, Bale, de 33 anos, poderá tornar-se o jogador com mais internacionalizações pelo seu país, já que soma 108 e está apenas a uma do recordista Chris Gunter, que também está convocado, embora, habitualmente, seja bem menos utilizado. O esquerdino já é o melhor marcador de sempre, com 40 golos.
Comandado por Robert Page, que se manteve no posto após o ‘desaparecimento’ de Ryan Giggs devido a problemas pessoais, o País de Gales foi a última equipa europeia a ‘carimbar’ o passaporte, após disputar o ‘play-off’ com a Ucrânia (1-0).
A Inglaterra estreia-se em 21 de novembro frente ao Irão, no mesmo dia em que os Estados Unidos defrontam o País de Gales.
O Grupo B cruza nos ‘oitavos’ com o Grupo A, em que estão Países Baixos, Qatar, Senegal e Equador.
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