A FIFA vai estrear na Taça das Confederações de futebol o passaporte biológico como nova ferramenta de deteção de doping, numa antevisão do que será aplicado a todos os jogadores selecionados para o Mundial de 2014, no Brasil.
Após vários anos de investigação científica, a FIFA decidiu iniciar a partir da Taça das Confederações a utilização do passaporte biológico, uma estratégia inovadora no âmbito da luta contra o doping no desporto que consiste no registo sistemático dos parâmetros sanguíneos e da urina, de modo a poder detetar-se com facilidade mudanças anormais dos valores.
Esta nova despistagem visa dissuadir os praticantes da utilização de substâncias e métodos dopantes, para o incremento do transporte de oxigénio, e foi criada recentemente pela Agência Mundial Antidopagem (AMA) tendo como base um projeto-piloto desenvolvido pela União Ciclista Internacional (UCI).
Os testes à urina e ao sangue não serão apenas destinados à procura de substâncias proibidas, como aconteceu no Mundial da África do Sul, em 2010, mas também serão compilados num perfil de cada jogador, que o acompanhará ao longo da sua carreira como um passaporte biológico.
«Chegou a hora de mudar de estratégia», considerou o chefe médico da FIFA, Jiri Dvorak, numa entrevista divulgada hoje pela agência AFP.
Jiri Dvorak acrescenta ainda que as pessoas não fazem ideia do dinheiro que se gasta todos os anos na luta contra o “doping” e questiona se essas verbas estão a ser aplicadas de forma eficaz.
Para Jiri Dvorak, esta medida constitui um passo importante na implementação do passaporte biológico, que ainda se encontra em fase embrionária, mas que já foi testado com sucesso nos campeonatos do mundo de clubes de 2011 e 2012.
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