Após decisão do COI em suspender a Rússia dos próximos Jogos Olímpicos de Inverno 2018, devido ao programa institucionalizado de doping no país, a FIFA garantiu esta terça-feira que o caso não vai afetar o Mundial de futebol em 2018.
Com o objetivo de preservar a possibilidade de os atletas russos limpos participarem da competição em Pyeongchang-2018, o COI sugere que os desportistas viagem à Coreia do Sul sob bandeira olímpica, desde que cumpram determinadas condições.
A entidade também anunciou o afastamento do vice-primeiro-ministro russo Vitali Mutko, encarregue dos desportos no país e ministro dos Desportos da Rússia durante os Jogos de Sochi. Mutko é o homem forte do Mundial 2018.
Em comunicado, a FIFA diz ter assimilado a decisão do COI, "que não vai ter impacto na preparação do Mundial 2018, que continua a trabalhar para oferecer o melhor evento possível".
A suspensão da Rússia nasce do relatório McLaren, solicitado pela Agência Mundial Antidoping (AMA) e que também tinha o futebol na mira.
Mutko aparece claramente em 11 casos de doping escondidos pelas autoridades russas entre 2012 e 2015, todos afetando jogadores de futebol.
Os jogadores beneficiavam da atenção particular de Mutko, que preside também a Federação Russa de Futebol e o Comité de Organização do Mundial2018.
"Como já foi dito em relação a medidas de antidoping, a FIFA assume as suas responsabilidades de maneira séria e investiga as alegações realizadas no relatório McLaren", acrescentou a maior entidade do futebol, precisando que trabalha em colaboração com a AMA e que está "em contato com o professor McLaren".
"É do interesse da FIFA que os procedimentos sejam finalizados o mais rapidamente possível. As investigações aprofundadas precisam de tempo, o que demonstra a investigação do COI, que começou a oferecer resultados recentemente", destacou a FIFA.
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