O director de comunicação da FIFA, Marco Villiger, disse hoje à agência Lusa não existirem até ao momento quaisquer indicações de “combinação de resultados” no Mundial 2010 de futebol.
Em declarações feitas em Sandton, Joanesburgo, aquele responsável admitiu será necessária uma monitorização mais atenta a partir de agora sobre a “máfia das apostas”, uma vez que nesta fase várias equipas começarão a lutar pela passagem à segunda fase do torneio.
“Embora seja impossível garantir que qualquer competição seja completamente livre de tentativas exteriores de influenciar resultados, a FIFA está a fazer tudo o que pode para garantir que risco seja mínimo”, disse Villiger.
A FIFA criou uma empresa externa à sua estrutura, batizada “Early Warning System” (Sistema de Pré-Aviso), que começou a operar no Mundial da Alemanha2006, com acordos firmados com cerca de 400 agências de apostas e corretores em todo o mundo, ao abrigo dos quais eles se comprometem a alertar o órgão máximo do futebol mundial sobre quaisquer actividades irregulares com que se deparem.
O complexo sistema integra ligações permanentes com várias organizações internacionais, incluindo a Interpol, que monitorizam a actividade das apostas e foi também utilizado nos Jogos Olímpicos de Pequim.
Marco Villiger revelou que, apesar de até esta fase do Mundial 2010 não terem sido detectadas quaisquer actividades fraudulentas, a sua fiscalização é cada vez mais complexa, uma vez que as apostas de hoje não se centram apenas em três possibilidades por jogo (vitória, empate ou derrota), mas também aspectos dos jogos e até incidentes isolados, tais como o primeiro cartão amarelo a ser mostrado.
“Preferíamos não ter este tipo de apostas ao vivo mas percebemos que eles tornam as coisas mais excitantes”, referiu Villiger.
Para aquele responsável “a combinação de resultados é uma ameaça maior para o futebol do que o doping, pelo muito que acontece na Internet em tempo real em vários continentes, o que torna difícil estabelecer jurisdições”.
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