O presidente da Federação de Futebol do Japão (JFA), Kuniya Daini, disse hoje que não foram encontrados registos sobre um alegado pagamento à Confederação Sul-americana (CONMEBOL) em troca de apoio para o país acolher o Mundial de 2002.
O alegado suborno foi referido na passada sexta-feira numa informação do diário desportivo espanhol AS, que citou um ex-funcionário da CONMEBOL sob a condição de anonimato.
Este responsável disse que no ano 2000 a JFA transferiu 1,5 milhões de dólares (1,3 milhões de euros) para a Confederação Sul-americana em compensação pelo seu apoio à candidatura do Japão para o Mundial de futebol de 2002.
O presidente da JFA ordenou entretanto uma investigação interna dos registos financeiros do organismo entre 1999 e 2000.
Kuniya Daini, que exerce o cargo desde 2012, disse em declarações à imprensa nipónica que durante esses anos não houve nenhum pagamento da JFA superior a um milhão de dólares e que não existe nenhum dirigido à CONMEBOL.
A única transação relacionada com a CONMEBOL, explicou Daini, é um pagamento de “vários milhares de dólares”, mas da confederação sul-americana à associação japonesa.
Esse dinheiro era relativo a direitos televisivos pela participação do Japão como seleção convidada da Copa América de 1999.
Este caso surge numa altura em que a atribuição dos Mundiais de futebol de 2018 e 2022, à Rússia e ao Qatar, respetivamente, tem vindo a ser questionada publicamente desde o final de maio devido ao escândalo de alegada corrupção que envolve a ‘cúpula’ da FIFA.
O escândalo começou depois de o Departamento de Justiça dos Estados Unidos ter indiciado nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).
Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação à atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar.
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