A Austrália vai preparar uma candidatura para acolher o Campeonato Mundial de Futebol masculino em 2030 ou 2034, disseram hoje os responsáveis locais dos Jogos Olímpicos e da Federação de Futebol.
"Comecei [a trabalhar numa possível candidatura] para 2030... Penso que precisamos de começar", disse Rod McGeoch, que supervisionou a candidatura dos Jogos Olímpicos de Sydney 2000, ao jornal The Australian.
McGeoch disse também que já tinham tido lugar discussões entre a Federação Australiana de Futebol e responsáveis governamentais.
Espanha e Portugal já anunciaram uma proposta conjunta para a edição de 2030, para assinalar o centenário da competição, e podem ter a concorrência da dupla Reino Unido/Irlanda e do quarteto Argentina/Chile/Paraguai/Uruguai.
O líder da federação australiana, James Johnson, defendeu que se deve aproveitar o impulso da organização do Campeonato Mundial de Futebol feminino em 2023 e dos Jogos Olímpicos em Brisbane em 2032, coorganizados com a Nova Zelândia.
"Vamos ter uma grande competição em 2023", disse ao The Australian. "Precisamos de aproveitar ao máximo e pode ser um trampolim para outras competições da FIFA", argumentou.
"E há um histórico", acrescentou. "Veja-se o Canadá, foi anfitrião do Campeonato Mundial de Futebol feminino em 2015 e 11 anos mais tarde vai acolher o Campeonato Mundial de Futebol masculino com os Estados Unidos [e o México]. Vejam o Brasil: acolheram o Campeonato do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016", lembrou.
Johnson reconheceu, no entanto, um obstáculo ao plano: o torneio de 2030 irá provavelmente para a Europa ou América do Sul, uma vez que o próximo vai realizar-se no Qatar, um membro da Confederação Asiática de Futebol, tal como a Austrália, e o torneio de 2026 será organizado na América do Norte.
Mas, salientou, pelo menos o de 2034 seria uma oportunidade para a Austrália, cuja seleção se classificou para as últimas quatro finais do Campeonato do Mundo.
O país tentou anteriormente a candidatura para 2022, mas a proposta, que custou aos contribuintes 45 milhões de dólares australianos (28 milhões de euros), recebeu apenas um voto, contra o vencedor, o Qatar.
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