O português Carlos Queiroz, selecionador de futebol do Irão, lembrou hoje as dificuldades sentidas durante a preparação para o Mundial2014 e apelou ao orgulho dos seus jogadores, na véspera da estreia no Brasil, frente à Nigéria.
"O irão teve dificuldades fora do campo, mas queremos ter uma palavra dentro do campo", afirmou o ex-selecionador de Portugal, que falava na conferência de imprensa de antevisão do jogo do Grupo F, do qual fazem parte também Argentina e Bósnia-Herzegovina.
A equipa de Carlos Queiroz, sujeita a uma série de restrições em função das sanções internacionais sobre o Irão, confrontou-se com dificuldades de financiamento para os estágios de preparação na África do Sul e na Áustria.
"A situação política e económica é uma total desvantagem para a equipa, mas os jogadores estão muito determinados. Eles tiveram sucesso na qualificação e vão querer sair do Brasil com respeito e orgulho", afirmou Queiroz. "Também queremos que as pessoas percebam o que é o Irão e queremos dar alegria aos adeptos", acrescentou.
Três vezes campeão asiático, o Irão participa pela quarta vez da fase final de um Mundial, depois de não ter passado a fase de grupos em 1978, 1998 e 2006, e Queiroz espera um duro embate frente à Nigéria, campeã africana.
"Eles têm uma equipa com muitas estrelas, grandes jogadores e têm uma grande vantagem em termos de experiência. É um jogo muito difícil para nós, mas nós valemo-nos do espírito da equipa. Eles são favoritos, mas ninguém é suficientemente forte para ganhar todos e ninguém é tão fraco que perca todos", disse o técnico.
Queiroz sublinhou que "o Irão joga com paixão", realçando que "é fantástico ter esta lealdade e afeto".
O jogo, que se disputa na Arena da Baixada, em Curitiba, está marcado para as 16h00 locais (20h00 em Lisboa), um dia depois da partida entre Argentina e Bósnia.
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