Com o triunfo da Holanda sobre o Uruguai (3-2), que colocou a formação “laranja” na final, o “velho continente” assegurou a vitória, uma vez que a outra meia-final será jogada, quarta feira, entre Alemanha e Espanha.
Tendo em conta que a Itália ainda é a detentora do título (bateu a França na “lotaria” das grandes penalidades, na final de 2006), a Europa consegue o seu segundo “bis” da história, após os triunfos transalpinos, em 1934 e 1938.
Depois das duas vitórias do “onze” de Vittorio Pozzo, apenas o Brasil, com os triunfos em 1958 e 1962, havia quebrado a alternância entre Europa e América do Sul.
Numa competição que, desde 1930, não conhece triunfos de nações que não pertençam a UEFA ou AMSUD, a Europa consegue igualmente o seu primeiro triunfo fora de solo europeu.
Até agora, apenas o Brasil havia ganho em continente alheio, nos triunfos na Suécia (1958), única “lança” na Europa, e na competição realizada em “campo neutro”, na Coreia do Sul e Japão (2002).
Novidade, para os europeus, poderá ser o país campeão, no caso de triunfo cair para a Holanda, finalista vencida em 1974 e 1978, ou a Espanha, detentora do título europeu, que nunca tinha sido melhor do que quarta colocada (em 1950).
Por seu lado, Alemanha pode somar um quarto título, após os conseguidos em 1954, 74 e 90, igualando a Itália (1934, 38, 82 e 2006) no segundo lugar do “ranking”, atrás do pentacampeão Brasil (1958, 62, 70, 94 e 2002).
Para a Europa, também conseguiram títulos a Inglaterra (1966) e a França (1998), enquanto o Uruguai (1930 e 50), hoje afastado da final, e a Argentina (1978 e 86) escreveram as outras vitórias sul-americanas.
O Mundial começou em 1930, no Uruguai, e como uma vitória dos anfitriões, seguindo-se dois triunfos da Itália, o primeiro em casa e o segundo na “vizinha” França.
Após a II Guerra Mundial, o Brasil foi o organizador em 1950, mas foi o Uruguai a “bisar”, precisamente na segunda participação, após as ausências de 1934 e 1938.
A Europa voltou ao comando em 1954, com a vitória da RFA, mas, vingando o “Maracanazo”, os “canarinhos” responderam com dois triunfos consecutivos (1958 e 1962) e voltaram a adiantar a América do Sul.
Depois, começou a alternância, só agora interrompida, com o único cetro da Inglaterra (1966), o “tri” do Brasil (1970), que valeu a Taça Jules Rimet, o “bis” da RFA (1974), a primeira vez da Argentina (1978) e “tri” da Itália (1982).
Em 1986, Maradona escreveu o “bis” da Argentina, antes do “tri” da RFA (1990), do “tetra” brasileiro (1994), da estreia gaulesa (1998), do “penta” dos “canarinhos”, liderados por Scolari (2002), e do “tetra” italiano (2006).
O primeiro Mundial africano selará o regresso da Europa à liderança, isolada, do “ranking”, e a primeira vitória “fora” de uma selecção do “velho continente”, resta saber se através do “tetra” alemão ou da estreia de Holanda ou Espanha.
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