O português Artur Soares Dias vai frequentar o curso de formação de árbitros de elite, entre 03 e 07 de abril, em Itália, juntamente com os outros candidatos a apitar no Campeonato do Mundo de futebol de 2018.
Ana Raquel Brochado, porta-voz e vogal do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), confirmou hoje à agência Lusa a integração do árbitro da associação do Porto neste fórum, ressalvando que esta não garante uma presença no Mundial2018, a disputar na Rússia.
“A participação neste fórum não é, de maneira nenhuma, uma convocatória para o Mundial2018, não deixando de ser verdade, que para lá chegar, qualquer árbitro terá obrigatoriamente de fazer parte deste lote que vai receber formação”, frisou Ana Raquel Brochado.
Pedro Proença, o atual presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), esteve no Mundial2014, tendo apitado um jogo dos oitavos de final, tornando-se no nono árbitro português em fases finais de um Mundial, depois de Vieira da Costa (1954), Joaquim Campos (1958 e 1966), Saldanha Ribeiro (1970), António Garrido (1978 e 1982), Carlos Valente (1986 e 1990), Vítor Pereira (1998 e 2002), Carlos Matos (2002) e Olegário Benquerença (2008).
“Importa igualmente sublinhar que uma presença no Mundial2018 não é o único objetivo que temos. Mais relevante do que sabermos se estará algum árbitro português nessa competição, é estarmos seguros do que estamos a fazer, conscientes do caminho. E é isso que está a passar-se. Esta presença do Artur Soares Dias é, antes de tudo o mais, um sinal de reforço da confiança da FIFA no caminho que a arbitragem portuguesa tem trilhado”, referiu Ana Raquel Brochado.
Soares Dias integra o primeiro grupo de árbitros da UEFA, juntamente com Jorge Sousa, sem que Portugal inclua nenhum árbitro no lote de elite.
“A subida de um árbitro ao grupo de elite, todos sabemos, é um caminho longo e sempre imprevisível, mas esta presença é uma clara indicação de que estamos a dar os passos na direção certa. Esta trajetória ascendente é igualmente atestada pelo crescente número de jogos que os nossos árbitros têm apitado nas grandes competições internacionais, na Liga dos Campeões, na Liga Europa ou na qualificação para o Mundial2018, ao longo do último ano”, rematou a dirigente.
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