O ex-polícia de cabeça rapada foi o escolhido para o jogo decisivo de domingo, no Soccer City, em Joanesburgo, após uma sequência de irrepreensíveis actuações, contrariando o seu destino no Europeu2008.
Howard Webb foi mandado para casa mais cedo após ter falhado um fora-de-jogo num dos jogos da fase de grupos, que ficou ainda assinalado por uma grande penalidade nos descontos de má memória para os polacos.
Objecto de um aclamado documentário denominado “Matem o Árbitro”, com a recolha autorizada de imagens nos bastidores, Webb reconhece que “arbitrar nos grandes torneios é como viver na ponta da navalha”.
A má experiência no Europeu2008 parece ter fortalecido o árbitro inglês para o Mundial2010, onde – coadjuvado pelos mesmos auxiliares Darren Cann e Mike Mullarkey – foi tido como correcto em todas as decisões.
“Nós tentámos evoluir constantemente e estamos muito satisfeitos com a forma como correu esta competição”, referiu Webb, de 38 anos, na véspera de escrever a página mais alta da sua carreira.
Webb considerou que arbitrar a final do Campeonato da África do Sul, a sua segunda grande prova, “é uma honra enorme. Este é um acontecimento extraordinariamente importante para o mundo”, disse o inglês.
O árbitro deseja uma final isenta de erros, em que só se fale da arte dos futebolistas. “Parte do nosso trabalho é tomar as decisões correctas, às vezes, decisões corajosas, em qualquer fase do jogo. É esse o nosso dever”.
Webb é o primeiro inglês a dirigir uma final de um Mundial desde que um dos seus mentores, Jack Taylor, o fez em 1974. Na altura, em Munique, Taylor assinalou uma grande penalidade a favor da Holanda no primeiro minuto de jogo com a Alemanha, que acabaria por vencer por 2-1, tendo também beneficiado de uma grande penalidade.
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