O anfitrião e bicampeão em título Brasil e a detentora dos títulos europeu e mundial Espanha partem como favoritos à conquista da nona edição da Taça das Confederações em futebol, de 15 a 30 de junho.
Em solo “canarinho”, num “aperitivo” para o Mundial de 2014 e com a novidade da tecnologia da linha de golo, único avanço permitido pela FIFA, a formação comandada pelo ex-selecionador luso Luiz Felipe Scolari tem do seu lado o fator casa, para, à sétima participação, repetir os triunfos de 1997, 2005 e 2009.
Por seu lado, e numa prova cuja representação lusa se esgota no árbitro Pedro Proença, a Espanha, de Vicente Del Bosque, persegue a primeira vitória - depois de em 2009 ter caído surpreendentemente nas “meias”, face aos Estados Unidos -, para juntar aos Europeus de 2008 e 2012 e ao Mundial de 2010.
O México, vencedor em 1999, como anfitrião, e a estreante Itália, na qualidade de vice-campeã europeia em título, são os principais adversários do Brasil no Grupo A, que também inclui o Japão, campeão asiático em título.
No Grupo B, a Espanha reparte o favoritismo, em termos de apuramento, com o Uruguai, que foi a melhor equipa sul-americana no Mundial de 2010 (quarto lugar) e venceu a Copa América em 2011, mas está em dificuldades no apuramento para o Mundial2014, perante a Nigéria e o Taiti.
As maiores atenções estão centradas na formação “canarinha”, que, já qualificada para o “seu” Mundial, não se tem mostrado muito convincente nos particulares. Por isso, já começou a contestação a “Felipão”, que, na sua primeira passagem, levou os brasileiros ao título mundial em 2002, o famoso “penta”.
Agora, o Brasil já não tem, no entanto, “craques” como Ronaldinho, Ronaldo, Rivaldo ou Roberto Carlos, sendo liderado pelo “miúdo” Neymar, a grande esperança do futebol “canarinho”, que recentemente assinou por cinco anos pelo FC Barcelona.
A Itália surge com algumas alterações na equipa que, algo surpreendentemente, sagrou-se vice-campeã europeia em 2012, com dois irreverentes avançados na frente, o imprevisível Mario Balotelli e a revelação Stephen El Shaarawy. De resto, defender.
Quanto ao México, que tem entre os 23 eleitos o central Diego Reyes, reforço do FC Porto para 2013/2014, e o médio Hector Herrera, que também poderá rumar aos “dragões”, a “estrela” maior é Javier “Chicarito” Hernandez, avançado do Manchester United.
Presente pela segunda vez, depois de, em casa, ter sido finalista vencido em 2001 (0-1 com a França), o Japão, de Shinji Kagawa, é claramente a equipa menos cotada do agrupamento.
Se no Grupo A surgem três fortes candidatos a dois lugares nas meias-finais, no Grupo B, Espanha e Uruguai parecem claramente mais fortes do que a Nigéria, que repete a participação de 1995 (quarta classificada), e o estreante Taiti.
A formação espanhola continua a ser uma espécie de “FC Barcelona sem Messi”, um conjunto que assenta o seu jogo na posse de bola, enquanto os uruguaios formam um bloco muito experiente, com o benfiquista Maxi Pereira incluído, e possuem um ataque temível, com Suarez, Cavani e Forlan.
Por seu lado, a Nigéria, com o defesa esquerdo Elderson (Sporting de Braga) e o médio John Ogu (Académica) nos 23, tem como figura mais emblemática John Obi Mikel, que alinha no Chelsea, e o Taiti só apresenta um “estrangeiro”, o avançado Marama Vahirua, do Panthrakikos.
A Taça das Confederações realiza-se de 15 a 30 de junho de 2013, nas cidades brasileiras de Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Salvdor e Belo Horizonte.
A primeira fase é disputada por oito seleções, em dois grupos de quatro, com os dois primeiros a seguirem para as meias-finais, que decidem os finalistas e os aspirantes ao “bronze”.
Comentários