Começa a ser cada vez mais frequente as trocas de guarda-redes em situações em que um jogo de futebol é decidido nas grandes penalidades. Esta noite, aconteceu em Al-Rayyan, no Qatar, num dos play-offs intercontinentais do Mundial2022, entre o Peru e a Austrália.

Aos 120 minutos, o selecionador australiano, Graham Arnold trocou de guarda-redes e fez entrar Andrew Redmayne no lugar de Mathew Ryan, guardião conhecido na Europa (defendeu a baliza do Valência, Brighton & Hove Albion, Arsenal, Real Sociedad, Club Brugge e Genk).

Depois de 0-0 em 120 minutos de futebol, alguém teria de ser herói e, nas grandes penalidades, costumam ser os guarda-redes a brilhar.

Redmayne era, até hoje, um desconhecido no mundo do futebol. Este foi apenas o seu segundo jogo oficial pela seleção australiana, ele que se tinha estreado em jogos a doer diante do Nepal, no apuramento para o Mundial2022. A sua estreia foi num amigável diante da Coreia do Sul em 2019.

O guarda-redes que defende as redes do Sidney FC deu nas vistas, não só pelo penálti de Valera que defendeu e que deu o apuramento, mas pela forma como o conseguiu. Durante os seis remates a partir da marca dos 9,15 metros (a Austrália falhou um penálti, o Peru falhou dois), Redmayne tentou desconcentrar os marcadores peruanos com uma dança na linha de golo. Lapadula, Callens, Tapia e Flores não ficaram impressionados e marcaram mas, Luis Advincula (atirou ao poste) e Valera parecem ter ficado hipnotizados pelo bailado de Redmayne.

No final do encontro, o guardião de 33 anos recusou o papel de herói.

"Os rapazes estiveram a jogar 120 minutos, é um esforço coletivo. Não sou um herói, cumpri o meu papel como toda a gente", declarou.

Já em 2019 tinha colocado a sua dança ao serviço da equipa quando defendeu duas grandes penalidades e dar o título australiano ao Sidney FC. Sempre com o seu bailado em cima da linha da golo.

A Austrália está pela sexta vez na fase final de um Mundial de futebol. Esta é a quinta qualificação consecutiva.

Os australianos têm como melhor classificação num Mundial o 14.º lugar de 1974, edição em que tombaram na primeira fase, enquanto em 2006, chegaram aos oitavos de final, fase em que perderam coma a Itália (0-1), fechando no 16.º posto.

Na fase final, a formação australiana vai ficar no Grupo D, juntamente com a campeão mundial em título França, a Dinamarca e a Tunísia, tendo estreia marcada para 22 de novembro, face aos gauleses.

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