Num jogo onde Paulo Bento foi obrigado a fazer três alterações na defesa, uma no meio-campo e outro no ataque, o selecionador português deve ter ficado satisfeito pela resposta dos seus pupilos. Moutinho encheu o campo, Nani esteve em evidência no dia em que foi capitão, André Almeida mostrou ser solução à direita, Josué foi alternativa a meio campo e a dupla Neto-Ricardo Costa mostrou ser funcional.
Rui Patrício: Teve uma noite descansada e só foi chamado a intervir em três ocasiões, mostrando sempre segurança. Foi mais um dos 18955 espetadores que estiveram no Municipal de Coimbra.
André Almeida: Na segunda internacionalização deu razão a Paulo Bento pela aposta. Combinou sempre bem com Nani, tirou bons cruzamentos e ainda foi a tempo de "expulsar" Joachim, depois de uma entrada dura do médio luxemburguês.
Ricardo Costa: Praticamente não teve trabalho no dia em que formou com Neto uma dupla inédita de centrais na seleção portuguesa. Tarde/noite descansada, tirando alguns contra-ataques, principalmente na segunda parte, mas anuladas pela dupla de centrais.
Fábio Coentrão: Entrou a todo o gás na primeira parte, dando muito trabalho à defesa contrária, chegando a exibir bons pormenores técnicos que arrancaram palmas das bancadas. Viu a barra negar-lhe o golo aos 13 minutos e o árbitro negar-lhe outro aos 44 por suposto fora-de-jogo. No segundo tempo "resguardou-se", tendo sido substituído por Antunes aos 75.
Miguel Veloso: Numa noite tranquila, o médio do Dínamo Kiev foi o primeiro homem na construção dos ataques de Portugal. Fez bons passes longos, quase sempre certinhos, para os homens das alas. Saiu para dar lugar a Hugo Almeida, quando Portugal já jogava com mais um.
Moutinho: Impressionante a forma atual de Moutinho. Quase nunca toma más decisões, joga e faz jogar os colegas. A sua inteligência em campo foi decisiva em toda manobra ofensiva de Portugal. Ofereceu golos a Nani (23 minutos) e Coentrão (44), negados pela barra e pelo árbitro, mas foi letal ao isolar Varela para o primeiro golo e a combinar com Nani, no melhor golo da noite, feito tudo ao primeiro toque, sendo que o último, de calcanhar, do médio para o extremo do Manchester United "fuzilar" Joubert.
Josué: Quanto mais perto da área luxemburguesa, menos bola tinha. Recuado, conseguia lançar os laterais e os extremos com os seus passes teleguiados. Jogou quase sempre simples e tentou o golo num livre, negado pelo guarda-redes contrário. Fixou-se na posição"8", fazendo dupla de médios com Moutinho, com a saída de Miguel Veloso foi a tempo de assistir Postiga para o terceiro de Portugal.
Varela: Entrou tímido e pouco incisivo mas foi dele o primeiro golo de Portugal, depois de ler bem as intenções de Moutinho. No segundo tempo teve boas arrancadas pelo corredor esquerdo, explorando bem o espaço dado pela equipa luxemburguesa, em inferioridade numérica. Viu Postiga e Nani desperdiçarem dois golos por ele criados, com centros a partir da esquerda.
Nani: Capitão pela 1.ª vez na sua 70.ª internacionalização, Nani desequilibrou quando jogou simples, como foi o caso do golo que marcou após combinar com Moutinho com passes ao primeiro toque. Viu o guarda-redes, primeiro e a barra depois, negar-lhe o golo em duas oportunidades e ainda viu um remate seu quase dar golo, com um defesa a cortar em cima da linha. Tentou sempre arranjar soluções, tendo exibido com entrosamento com André Almeida na direita.
Postiga: A ansiedade com que busca o golo acaba por traí-lo em muitas situações. Teve oportunidade para marcar aos 9` mas viu Joubert negar-lhe o golo, que haveria de surgir aos 78 minutos, encostando para a baliza um centro de Josué.
Hugo Almeida: Entrou aos 59 minutos para falhar dois golos claros, sendo que o último foi escandaloso. Aos 74`, Nani colocou a bola na sua cabeça mas o avançado falhou de forma incrível. Pior foi aos 85, quando atirou à barra, após trabalho fantástico de André Almeida. Estava sozinho, era só encostar. A parceria com Postiga na frente parece não ter dado resultado, uma vez que Portugal passou a jogar pior com dois avançados.
Sereno: Entrou aos 59 minutos para o lugar de Ricardo Costa, formando nova dupla inédita na seleção, com Neto. Em pouco mais de meia hora, mostrou atenção, num corte providencial quando Da Mota preprara-se para se isolar.
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